Maluf, você não chorou quando disse aos estupradores "estupra mais não mata",mas quem foi estuprada e sobreviveu chorou, e chorou muito, de dor, de vergonha, de ódio.
Maluf, você não chorou quando roubou o dinheiro do povo de São Paulo, e mandou para os paraísos fiscais. Mas o povo chorou, por falta de médicos, de hospitais,de moradia, de escolas para seus filhos, isso tudo era para ser feito com dinheiro que você roubou.
Maluf, você não chorou quando via milhões de pessoas nos ônibus lotados, ônibus sucateados que colocavam diariamente a vida das pessoas em risco. Mas o povo chorava de raiva, chorava por ser humilhado, chorava por pagar caro as tarifas dos ônibus.
Maluf, você não chorou quando colocou a ROTA nas ruas e a ordem era atirar primeiro e perguntar depois, muitos mães choraram a morte de seu filhos inocentes.
Maluf, você não chorou quando os que lutavam por democracia, liberdade, foram torturados e mortos nos porões da ditadura, você não chorou quando os familiares procuravam seus parentes e filhos que foram mortos e estavam enterrados no Cemitério clandestino de Perus, obra sua para colaborar com as atrocidades da ditadura militar.Muitos choraram nos porões da ditadura, de dor da injeção de éter nos tendões, de dor de ficar no pau de arara, de dor de serem estupradas, violentadas, muitos choravam a separação a morte de seus amigos e parentes.
Você vai sair da vida pública, vai ficar na cadeia . Sem choro, porque que você nunca passou um décimo de milímetro do que passou o povo de SP nos seus governos e no governo de seu sucessor o Pitta, outro que vai lhe fazer companhia em breve.
Segunda, 19 de setembro de 2005, 18h41 Atualizada às 02h51
Maluf chora e ameaça abandonar vida pública
Detido desde o dia 10 na sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf ameaçou nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Jovem Pan, abandonar a vida pública.
Maluf divide cela com filho em SP