NENHUM OUTRO GOVERNO COMBATEU TANTO A CORRUPÇÃO ,COMO O GOVERNO LULA.
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No governo Lula, PF desmantelou 77 quadrilhas e redes de corrupção
Das 77 operações especiais realizadas pela Polícia Federal desde o início do governo Lula, 40 (ou 52%) resultaram em prisões de servidores públicos e integrantes da própria PF – todos membros de organizações criminosas desmanteladas ao longo de 29 meses. Em 20 desses casos, foram desmontados esquemas de corrupção, extorsão e desvio de dinheiro público. Também houve prisões de servidores por prevaricação, concussão, formação de quadrilha e fraudes em geral, sobretudo contra a Previdência.
Nestes 29 meses, foram presos mais de 350 funcionários públicos, ou cerca de 25% de todas as prisões efetuadas no período (1.424). O número de servidores não é preciso porque algumas operações – como a Curupira, iniciada hoje (2 de junho) – ainda não têm o levantamento final das autuações.
Veja abaixo a relação completa das operações da PF desde a posse de Lula, com resumo sobre os objetivos e os resultados das investigações:
2003 .
ÁGUIA – 36 presos, todos servidores públicos Prisão de policiais civis envolvidos com o tráfico internacional de entorpecentes no Estado do Amazonas. A Polícia Federal prendeu 36 pessoas nas cidades de Manaus e Tabatinga. A operação ocorreu em 13 de junho.
SUCURI – 39 presos, sendo 17 servidores e 22 policiais federaisRepressão a crimes praticados por servidores públicos federais e outros que atuavam na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. Os 39 presos recebiam propina para facilitar a passagem de mercadorias estrangeiras. A operação aconteceu em 7 de dezembro.
NICOTINA II – 1 policial federal presoOperação de repressão ao contrabando e descaminho de mercadorias, especialmente cigarros. Durante esta operação ocorreu a prisão do assessor da Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, delegado Alexandre Morato Crenite, além de Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, tido como o maior contrabandista de cigarros do país. Realizada em 3 de setembro.
PLANADOR – 24 presos, sendo 12 servidores e 12 policiais federaisOperação de combate a organização criminosa com ramificações em São Paulo e Amazonas, que agia no tráfico internacional de drogas, extorsão, roubo, receptação, adulteração de veículos e formação de quadrilha, contando com a participação de policiais civis, magistrados estaduais e advogados. Doze policiais federais foram presos e mais três funcionários da PF no Rio de Janeiro em 06 de agosto. Outras 9 pessoas também tiveram prisão preventiva decretada. Foram 24 presos ao todo.
TRÂNSITO LIVRE – 30 presos, todos servidores públicosA Operação “Trânsito livre” foi realizada no dia 9 de dezembro de 2003 contra o crime organizado em Foz do Iguaçu. Duzentos policiais federais de vários Estados (RS/ SC/ MG/ GO/ RJ/ DF e outros) prenderam dezenas de pessoas envolvidas com tráfico de drogas e contrabando, entre elas policiais rodoviários. Esta é a maior operação do gênero na região. As investigações provaram que pessoas conhecidas como “batedores” levavam dinheiro dos ônibus, carregados de contrabando, para policiais rodoviários. Os policiais deixavam o veículo passar com as mercadorias ilícitas, recebendo uma quantia em dinheiro que variava entre R$ 250 e R$ 500 por ônibus.
GAFANHOTO – 53 presosO ex-governador de Roraima, Neudo Campos, foi preso pela Polícia Federal no dia 26 de novembro de 2003, em Brasília. A prisão faz parte da operação denominada “Praga no Egito”, deflagrada em quatro Estados e que prendeu 53 pessoas. A operação, fruto de mais de três meses de investigação, teve como objetivo a prisão de pessoas que promoviam desvio de dinheiro público no estado.
CAVALO DE TRÓIA – 27 presosOperação foi realizada no dia 5 de novembro de 2003 nos Estados do Pará, Goiás, Maranhão e Piauí, envolvendo um efetivo de 205 policiais federais com o objetivo de prender uma quadrilha especializada em cometer crimes pela internet, contra bancos e clientes. Culminou com a descoberta de “hackers”, que criaram sites e programas de computador capazes de capturar senhas e outras informações pessoais dos clientes que movimentavam as contas a partir da internet. Esta investigação resultou na expedição de 33 mandados de busca e apreensão e outros de prisão, resultando em 27 pessoas presas.
ANACONDA – 9 presos, sendo 2 servidores e 3 policiais federaisA operação “Anaconda” teve início no dia 30 de outubro de 2003 em São Paulo e Maceió. O objetivo da operação é o desmantelamento de uma organização criminosa que atuava em São Paulo, com ramificações nos Estados do Pará, Alagoas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Na operação foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e oito pessoas foram presas, por determinação do Tribunal Regional Federal, com sede em São Paulo. Dois delegados da PF foram presos, um deles aposentado, um agente da PF, a esposa de um juiz federal e quatro empresários. Todo o material de provas reunido durante a investigação possibilitou que o MP oferecesse denúncia criminal em relação aos integrantes da organização pelos crimes de formação de quadrilha, prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, facilitação ao contrabando, lavagem de dinheiro e concussão. Os membros da quadrilha atuavam na intermediação de sentenças judiciais favoráveis.
CONCHA BRANCA – 1 presoTeve início no dia 15 de setembro de 2003 no município de Macaé. A operação desencadeada pela Polícia Federal no Rio de Janeiro teve como objetivo a repressão ao tráfico de entorpecentes no Estado. Foram realizadas buscas na av. do Contorno, bairro da Passagem, em Cabo Frio; na rua José Pinto de Macedo e rua Cediel Gonçalves Marinho, ambas no bairro da Prainha, em Arraial do Cabo. Durante a operação, o traficante Cristiano Martins Duarte, vulgo “Rato”, foi preso no município de Juiz de Fora (MG).
SETEMBRO NEGRO – 13 presosNo dia 18 de setembro de 2003, após oito meses de investigação, a operação "Setembro Negro", de combate ao contrabando de madeiras em Rondônia, resultou na prisão de 13 pessoas envolvidas com crimes de falsidade ideológica, concussão, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos em sistema de informação.
DRAKE O Departamento de Polícia Federal lançou no dia 2 de setembro de 2003 uma série de ações de combate aos crimes contra a natureza e o patrimônio histórico. Entre elas, foi criada uma campanha contra o tráfico de animais e um cartaz bem-humorado, desenhado pelo cartunista Ziraldo. O DPF inaugurou ainda, no Distrito Federal, a primeira das 27 novas delegacias especializadas em meio ambiente e patrimônio histórico. Ao mesmo tempo, os federais iniciaram uma operação (Drake II), em todo o país, para combater a biopirataria. O objetivo do projeto Drake é combater o tráfico internacional de espécies silvestres da fauna e da flora e sua variância: a Biopirataria. As 27 novas delegacias contarão com policiais especializados nesta tarefa de bloquear o furto de nossa biodiversidade e materiais genéticos.
GARÇA – 5 presosA “Operação Garça” prendeu no dia 28 de agosto de 2003 cinco pessoas acusadas pelo derrame de aproximadamente R$ 20 mil, em notas de cinco reais falsas, na Grande Vitória. Foram apreendidas 1.767 cédulas de R$ 5, treze cédulas de R$ 50, espelhos para falsificar ticketes de alimentação, telefones celulares e documentos falsos.
TEMPESTADE NO OESTE A Operação Tempestade no Oeste foi realizada no dia 29 de outubro de 2003 pela Polícia Federal em Jales/SP. A ação envolveu três Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, contando com a colaboração de policiais das Delegacias em Araçatuba, Bauru, Marília, Araraquara, Presidente Prudente/SP e Três Lagoas/MS, totalizando mais de 40 policiais. A investigação resultou na prisão de diversas pessoas apontadas como participantes, direta ou indiretamente, da prática do tráfico de entorpecente.
MEDUSA A operação "Medusa”, que visava interceptar empresas que operavam ilegalmente a compra e venda de moeda estrangeira e atuavam no Mato Grosso do Sul sem a devida autorização do Banco Central, foi deflagrada no dia 30 de outubro de 2003. As casas de câmbio interditadas foram: “Campo Grande Câmbio e Turismo”; “Estacionamento 1007 Ltda.”; “J.P Câmbio e Turismo”; “Overcash Câmbio e Turismo”; “Dólar Câmbio”; “Hibari Viagens e Turismo” e “Intercâmbio Turismo”. Também foram realizadas buscas nas residências dos proprietários dessas empresas.
PAZ NO CAMPO – 8 presosTeve início no dia 14 de outubro de 2003, nas cidades de Laranjal e Palmital, região central do Estado do Paraná. A operação visava combater as milícias clandestinas armadas, bem como investigar uma organização chamada PCR (Primeiro Comando Rural). Foram apreendidas 66 armas de fogo, sendo espingardas calibre 12, revólveres calibres 357, 38, além de duas pistolas 9mm de uso exclusivo da PF e Forças Armadas, bem como duas mil munições de calibre 12, 3.57 e 9mm. Foram presas 8 pessoas e elaborados 9 termos circunstanciados, totalizando 17 pessoas indiciadas por crimes de porte ilegal de arma e formação de quadrilha.
LINCE – 4 presos, sendo 1 policial federalA Polícia Federal prendeu no dia 13 de novembro de 2003, no Estado de Rondônia, um policial federal e empresários acusados de envolvimento na extração ilegal de diamantes da reserva indígena de Roosevelt. Foram 4 presos e 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vilhena, Cacoal e Juína (a última no estado do Mato Grosso). A ação, batizada de Operação Lince, é resultado de investigações de quase um ano da PF. A operação contou com a participação de 42 policiais federais da região e mais sete policiais do COT (Comando de Operações Táticas).
2004
FELIZ ANO VELHO – 23 presosRealizada no dia 22 de janeiro de 2004 a Operação “Feliz Ano Velho" prendeu um grupo organizado ligado à falsificação das ATPFs (Autorizações para Transporte de Produtos Florestais) emitidas pelo Ibama. Mais de 110 policiais participam da operação. Tailândia, Tomé Açu, Breu Branco, Paragominas, Marabá, Mãe do Rio e Moju são as cidades onde foram cumpridos os mandados de prisão e de busca e apreensão emitidos pela Justiça no dia 10 de Dezembro de 2003.
ZAQUEU – 25 presos, sendo 10 servidoresIniciada no dia 3 de fevereiro de 2004, na cidade de Manaus/AM, a Operação Zaqueu teve como objetivo a prisão de auditores fiscais do trabalho, empresários e intermediários que cometiam crimes de corrupção ativa e passiva, concussão, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Operação Zaqueu reuniu 120 policiais federais do Acre, Rondônia, Roraima e Amapá, além de nove policiais do COT. Foram estabelecidas 28 equipes, compostas por quatro policiais em média. O nome da operação foi escolhido em referência a um fiscal corrupto, citado na Bíblia. Os fiscais foram presos porque as investigações da Polícia Federal concluíram que havia um “esquema” de obtenção de propina por meio de corrupção ativa e passiva.
FRAUDE ZERO – 5 presos, sendo 1 servidorA Operação prendeu no dia 10 de fevereiro de 2004 cinco pessoas, entre elas um servidor do INSS, acusadas de participação em quadrilhas destinadas a perpetrar fraudes em face da autarquia previdenciária. A operação levada a cabo pela Polícia Federal, denominada "Fraude Zero", resulta do trabalho realizado pela Força-Tarefa Previdenciária no Estado do Paraná, composta pelo Ministério Público Federal, INSS e Departamento de Polícia Federal.
SORO – 13 presos, sendo 1 policial federalA Polícia Federal em Pernambuco realizou operação no dia 5 de março, que resultou no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, bem como pela prisão temporária de 13 pessoas acusadas de falsificação de leite em pó na região nordeste. A operação policial denominada “Soro” contou com a colaboração da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA do Ministério da Agricultura e da Secretaria Nacional de Direito Econômico – SNDE do Ministério da Justiça. A operação também teve o apoio das Superintendências de Sergipe e do Ceará. Já no final das investigações, os policiais descobriram a participação de um suposto advogado e de um agente de polícia federal, os quais recebiam dinheiro da organização criminosa para monitorarem investigações, diligências, inquéritos, processos, porventura existentes, informando ao líder da organização.
PANDORA – 1 servidor público presoA Polícia Federal prendeu no dia 19 de março de 2004, num flat em São Paulo, durante a operação Pandora, o vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Armando Melão. O vereador é acusado de usar indevidamente o nome do senador Antero Paes de Barros, PSDB/MT, e dos deputados José Mentor, PT/SP, e Rodrigo Maia, PFL/RJ, para extorquir empresários. Melão prometia aos empresários que as investigações da CPI do Banestado não chegariam até suas empresas. No momento da prisão, o vereador tinha consigo R$ 50 mil em dinheiro e R$ 550 mil em cheques. Segundo as investigações, Melão pretendia arrecadar com o golpe US$ 2,4 milhões junto a doleiros e empresários, dos quais receberia hoje US$ 400 mil. A investigação foi solicitada pelo deputado federal e relator da CPI do Banestado, José Mentor, e durou 40 dias. Durante as investigações a PF produziu farta documentação, incluindo vídeos e fotos da atuação criminosa do vereador.
MATUSALÉM – 13 servidores públicos presosPoliciais Federais em Manaus-AM realizaram no dia 15 de abril a Operação Matusalém contra uma quadrilha composta por funcionários do INSS envolvidos em fraudes contra o cofre público no Estado. A operação visava dar cumprimento a 13 mandados de prisão, sendo 8 prisões preventivas e 5 prisões temporárias.O grupo cobrava parcelas da dívida das prefeituras debitando diretamente na conta em que as prefeituras recebem os repasses do Fundo de Participação dos Municípios. No fim do ano, muitas vezes constatava-se que débitos eram cobrados a mais, gerando com isso a restituição. De posse dessas informações, os acusados se ofereciam para agilizar o processo de ressarcimento, cobrando uma percentagem que variava de 15 a 20%. As investigações evidenciaram que os membros da organização propiciaram ao município de Humaitá, por meio de contatos com secretario Municipal de Finanças Hegio Coelho Neto, a restituição de R$ 1.840.854,08, sendo o valor da propina repassado aos funcionários do INSS envolvidos na fraude de forma parcelada e em espécie.
MAMORÉ Foi desencadeada no dia 20 de abril de 2004, em todo o Estado de Rondônia, a Operação Mamoré, de combate ao crime organizado, principalmente os relacionados ao narcotráfico, à lavagem de dinheiro, ao comércio ilegal de armas e pedras preciosas. A Operação mobiliza cerca de 400 agentes públicos de diversos órgãos da administração pública federal e estadual, entre eles delegados, peritos, escrivães e agentes do Departamento de Polícia Federal, membros das Forças Armadas, da Polícia Rodoviária Federal, do Ibama, da Funai e da Abin. A Operação Mamoré, coordenada pela Polícia Federal, é a fase das ações policiais da Operação Rondônia, uma grande operação coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em curso desde 2003 no Estado e que conta com a participação de 15 órgãos do governo federal, além das Forças Armadas. Além da Operação Mamoré, a Operação Rondônia engloba ainda a Operação Guaporé, deflagrada em novembro, que envolve ações de inteligência coordenadas pela ABIN com o apoio dos serviços de inteligência das Forças Armadas, e a Operação Abuanã, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores.
BARRILHA – 1 presoFoi deflagrada no dia 26 de abril, em Corumbá/MS, fronteira com a Bolívia, a Operação Barrilha. A operação tinha por objetivo encerrar as atividades da empresa Flamboyant Exportadora Ltda, que exportava irregularmente para a Bolívia a substância química carbonato de sódio, colaborando para a produção de cocaína daquele país. Na empresa, foram apreendidas 5 toneladas de carbonato de sódio, além de outros produtos químicos controlados, como manitol, amônia, soda cáustica, álcool etílico, cafeína, benzocaína etc.
PINDORAMA – 11 presosNo dia 13 de maio de 2004, a Divisão De Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico (DMAPH/CGPFAZ) deflagrou a Operação Pindorama, tendo como alvo os Estados de Rondônia, Amapá, Pará, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e São Paulo, para cumprir mandados judiciais de Busca e Apreensão e de Prisão Temporária em desfavor de pessoas investigadas pelo IPL 022/03 DCOIE, todos expedidos pela Justiça Federal no Distrito Federal. Foram realizadas onze prisões, sendo que os acusados estariam envolvidos com contrabando de partes de animais silvestres, realizado sob a fachada do comércio de artesanato indígena. A atuação do grupo guarda características de delinqüência organizada, uma vez que seus membros se comunicavam entre si, encomendando e despachando mercadoria com destino à Europa e aos EUA. Mais de 1.000 peças foram apreendidas, e já estão sendo separadas para análise. Plumas, penas, ossos, dentes e garras de inúmeros e raríssimos animais silvestres são objeto do interesse de comerciantes no Brasil e no exterior, que se utilizam de mão-de-obra indígena, e das inúmeras lojas que comercializam tais itens – inclusive a Artíndia (loja que funciona na sede da FUNAI).
OPERAÇÃO VAMPIRO – 17 presos, sendo 6 servidoresA Operação Vampiro foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 19 de maio de 2004 em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, resultou no cumprimento de 17 mandados de prisão por acusações de fraude em processo de licitação de hemoderivados no Ministério da Saúde. A Operação contou com 200 policias federais. As investigações começaram em março de 2003, a pedido do ministro da Saúde, Humberto Costa. Seis dos presos são funcionários do Ministério da Saúde. Foram cumpridos, ainda, 42 mandados de busca e apreensão. Juntamente aos presos foram encontrados, por agentes federais, 29,7 mil reais, 120 mil dólares e 7 mil euros.
SHOGUN – 2 presosA PF prendeu o chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong e seu advogado, Pedro Lindolfo Sarlo, dia 1 de junho, em São Paulo. Os dois tentavam subornar o presidente da CPI da Pirataria, deputado Luiz Antônio de Medeiros. A operação ocorreu em São Paulo e contou com 10 policiais federais.
ROSA DOS VENTOS – 2 presosA ação aconteceu no dia 5 de Junho, Dia do Meio Ambiente, nas 27 unidades da federação e teve como objetivo o combate ao crime ambiental e o tráfico doméstico e internacional de animais silvestres. Como resultado da operação, foram lavrados dois Autos de Prisão em Flagrante, com o indiciamento de oito pessoas; cinco Termos Circunstanciados, com seis pessoas compromissadas a comparecer em Juízo; apreensão de vários equipamentos de mergulho e armas pneumáticas com arpões, cinco embarcações, redes com pranchas de madeira, 80Kg de camarão, 25 pássaros da fauna silvestre em 21 gaiolas e armadilhas, 43 vidros de palmito em conserva e um tatu abatido. Os pássaros foram soltos na Floresta do Palmito, as gaiolas destruídas e o camarão foi doado à comunidade carente em Paranaguá/PR.
TAMAR – 9 presosA Polícia Federal deflagrou no dia 19 de junho, em todo país, a Operação “Tamar”, que tinha como objetivo reprimir a exploração sexual infantil. A ação é resultado de uma parceria entre a PF e a CPI da Exploração Sexual Infantil, iniciada em 12 de junho de 2003 no Congresso Nacional para investigar denúncias sobre redes de exploração sexual contra crianças e adolescentes existentes hoje no Brasil. A ação da Polícia Federal envolveu mais de 200 policiais federais entre agentes, escrivães e delegados, que foram aos locais indicados pela CPI como pontos onde crianças e adolescentes são explorados sexualmente. A CPI identificou, em mais de seis meses de investigação, quase duas dezenas de locais em capitais e cidades do interior do país onde crianças e adolescentes trabalham como prostitutas e são exploradas por pessoas envolvidas inclusive com tráfico de armas e seres humanos. Mais de 10 inquéritos abertos, nove pessoas presas em flagrante e mais de 300 casas de entretenimento noturno, entre bares, boates e saunas, vistoriadas pelos agentes da Polícia Federal na Operação Tamar.
LINCE II – 7 presos, sendo 4 policiais federaisA Polícia Federal realizou a Operação Lince no dia 23 de junho, em Ribeirão Preto/SP, com o objetivo de prender integrantes de uma quadrilha especializada na adulteração de combustíveis e roubo de cargas, que atuava por pelo menos dois anos. Foram cumpridos 6 mandados de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão. Dois delegados federais e um agente federal foram presos na cidade paulista.
PENSACOLA – 14 presosUma investigação sobre fraude em vestibulares e em concursos públicos foi encerrada no dia 23 de junho com a prisão de 14 pessoas na Operação “Pensacola”, iniciada há mais de 1 ano no Acre. Os integrantes da quadrilha foram presos em São Paulo, Brasília e Goiás. A investigação iniciou em uma fraude do vestibular do curso de Medicina, no ano de 2001, na Universidade Federal do Acre. Os criminosos utilizavam a modalidade de “cola” eletrônica, usando um sofisticado esquema de envio de mensagens, contendo os gabaritos, para pagers e visores de relógios digitais. Segundo apurou a Polícia Federal, era cobrado de 6 a 15 mil reais por aluno.
CASO UNAÍ – 9 presosInvestigação da Polícia Federal que prendeu oito pessoas, entre executores, intermediários e mandantes dos assassinatos de dois fiscais do Trabalho e um motorista do órgão, ocorridos em 28 de fevereiro. As prisões de sete pessoas ocorreram em 27 de julho e a de Norberto Mânica, apontado pelas investigações como o mandante do crime, ocorreu em 13 de agosto.
ORCRIM ESA (Mamoré) – 22 presosNo dia 5 de agosto a Operação “Orcrim ESA” cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e prisões temporárias. Foram presas 22 pessoas, acusadas de desvio de verbas públicas federais, formação de quadrilha, corrupção, grilagem de terras, exploração de minérios, exploração clandestina de madeiras e concussão. Dentre os presos está o ex-senador por Rondônia, Ernandes Amorim, considerado um dos principais membros da organização criminosa que atuava na cidade de Ariquemes, a 200 km da capital Porto Velho. Amorim é pai da atual prefeita da cidade, Daniela Amorim, que também teve mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência. A quadrilha trabalhava com desvio de verbas públicas federais e estaduais, especificamente as relacionadas a obras públicas. O prejuízo estimado pelos investigadores da PF gira em torno de 18 milhões de reais. O “esquema” da quadrilha girava em torno do superfaturamento das obras e até licitações fantasmas, entre outros crimes, todos no estado de Rondônia. Uma das pessoas presas, Albertina Franco de Melo Almeida, é a titular da Secretaria de Finanças da cidade de Ariquemes.
ZUMBI – 16 presos, sendo 2 servidoresFoi desencadeada no dia 6 de agosto, no estado do Pará, a operação denominada “Zumbi”. Foram presas 16 pessoas, entre elas duas servidoras do INSS. Também foram realizados 25 mandados de busca e apreensão. A envolveu as cidades de Castanhal, Maracanã, Santa Isabel e Igarapé Açu. A Polícia Federal contou com a participação de 100 homens. A quadrilha ativava benefícios suspensos por falta de movimentação, muitos deles por óbito, cadastrando procuradores para receber o dinheiro. Alguns destes procuradores eram parentes dos beneficiários e outros nem mesmo existiam. Os presos são acusados de formação de quadrilha, inserção de dados falsos para fins previdenciários e lavagem de dinheiro.
ALBATROZ – 20 presosA Polícia Federal deflagrou no dia 10 de agosto, em Manaus/AM e São Paulo, a “Operação Albatroz”, para cumprir 32 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária contra membros de uma organização criminosa que atuava principalmente na fraude de licitações públicas no Estado do Amazonas. Mais de dois anos de investigações da PF desvendaram o esquema de fraudes que funcionava por meio da Comissão Geral de Licitação do Estado do Amazonas (CGL). O líder desse esquema seria o deputado estadual Antônio do Nascimento Cordeiro, que não foi preso por possuir imunidade parlamentar, mas foi indiciado. A Operação Albatroz mobilizou uma equipe da Receita Federal e 4 policiais federais de vários estados para o cumprimento dos mandados.
FAROL DA COLINA – 65 presos, sendo 1 policial federalTeve início no dia 17 de agosto com o objetivo de combater crimes financeiros, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ocorreu simultaneamente em 8 estados e envolveu 800 policiais federais de todo o país. A ação foi resultado do trabalho da Força-Tarefa que envolve a Polícia Federal, a Receita Federal, o Banco Central, e o Ministério Público Federal. Foram expedidos 215 mandados de busca e apreensão e 123 de mandados de prisão temporária pela 2ª Vara Federal de Curitiba nos estados de Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A operação aconteceu como desdobramento das investigações realizadas desde 1997 no chamado “caso Banestado”, e levou este nome devido à tradução livre de Beacon Hill, a empresa que seria uma das maiores beneficiárias de contas abertas na agência do Banestado em Nova York.
CAVALO DE TRÓIA II – 64 presosA Polícia Federal prendeu no dia 20 de outubro uma quadrilha de hackers, internautas e laranjas, que desviou R$ 240 milhões de bancos públicos e privados do país este ano, pela internet. A PF prendeu 64 pessoas nas cidades do Pará, Tocantins, Maranhão e Ceará, a quadrilha agiu em várias cidades pobres dos quatro Estados. Entre “os cabeças” da quadrilha estão Fábio Florêncio, que encomendou programas de computador para desviar dinheiro pela internet, e Athaíde Evangelista, que teria criado um dos programas, o Disney.com, para a realização das fraudes.
PARDAL – 5 presosA Polícia Federal em Curitiba, através da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, desencadeou no dia 25 de outubro, a Operação Pardal, com o fim de combater o contrabando e o descaminho. Foram presos Fabio Passarin Dutra, Rita Tereza Prestes da Cruz, Nelson Ypólito, Kátia Prestes da Cruz e Cristiane Gusso da Rocha, autuados por infração aos art 334 e 288 do Código Penal Brasileiro. Eles faziam parte de uma quadrilha especializada em introduzir ilegalmente mercadorias de informática oriundas do Paraguai. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que resultaram em uma das maiores apreensões do ano em equipamentos de informática, tais como computadores, impressoras, motherboards, placas de vídeo, processadores e notebooks. Os alvos da operação policial foram a loja MG Informática, localizada no bairro Capão Raso, e a loja FD Informática, situada o bairro Hugo Lange, ambas nesta Capital. Também houve buscas em uma residência que servia de depósito do equipamento, na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba.
MUCURIPE – 11 presosA Polícia Federal desarticulou no dia 25 de outubro uma quadrilha que movimentava mais de R$ 1 milhão por mês com o tráfico internacional de mulheres nas cidades de fortaleza, Recife e Dortmund, na Alemanha. A operação, batizada de Mucuripe — nome de uma praia do Ceará —, prendeu 11 pessoas que negociavam programas com mulheres brasileiras por meio de um site de uma agência de turismo alemã.
CHACAL – 5 presosA Divisão de Inteligência Policial da Polícia Federal começou no dia 27 de outubro a desvendar o esquema de espionagem montado pela Kroll Associates, empresa contratada pelo Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, para investigar a Telecom Itália numa disputa pelo controle da operadora de telefonia fixa Brasil Telecom. Após 16 operações de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba e Brasília - que resultaram na prisão em flagrante de cinco pessoas. A operação da PF começou a ser viabilizada em setembro, quando a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reuniu em um CD 80 e-mails e relatórios produzidos pela Kroll. Os documentos mostram que a Kroll não tocava as investigações sozinha. Duas empresas a auxiliavam: a Armor, uma consultoria de segurança britânica, e a Sitrick, agência americana de gerenciamento de crises. Os arquivos comprovam que a investigação estava em curso até vir a público, em julho. Apontam que a Kroll também investigou a atuação italiana na Venezuela, na Bolívia, na Espanha, no México e na Grécia. 90 policiais participaram da operação.
POROROCA – 32 presos, sendo 3 servidoresA operação teve início no dia quatro de novembro, quando 25 pessoas foram presas no Amapá, Minas Gerais, Pará e Distrito Federal, acusadas de participar de uma quadrilha que fraudava licitações. Entre os presos acusados de participar da quadrilha estão o ex-senador pelo Amapá Sebastião Rocha (PDT) e o Ex-prefeito paraense Fernando de Souza Flexa Ribeiro, que assume mandato de senador em janeiro, na vaga do senador Duciomar Costa (PTB-PA), prefeito eleito de Belém. A quadrilha fraudou licitações de pelo menos 17 grandes obras públicas no Amapá, que juntas totalizam R$ 103 milhões, segundo as investigações conduzidas pela Operação Pororoca. Desde então mais 7 pessoas foram presas, entre elas os prefeitos de Macapá, João Henrique (PT); e de Santana, Rosemiro Rocha (PDT).
CAPELA – 6 presosA Polícia Federal realizou no dia cinco de novembro a Operação Capela, em São Paulo, que consistiu no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em 9 endereços de depósitos utilizados pelo comerciante Law Kim Chong. Os mandados, expedidos pela Justiça Federal de São Paulo, foram cumpridos no mesmo dia. Durante a operação ocorreram 6 prisões em flagrante, incluindo 2 sobrinhas de Chong. No escritório e no depósito principais de Law Kim Chong, localizados no Shopping 25 de Março, nº 02, foram apreendidas grandes quantidades de pedras preciosas classificadas como esmeraldas, avaliadas inicialmente no valor aproximado de US$ 2.000.000,00 (dois milhões de dólares). Em outro depósito localizado na rua do Bucolismo, nº 77, o qual mede aproximadamente trinta mil metros quadrados, foi apreendida grande quantidade de mercadoria sem documentação regular. Também foi encontrada neste depósito uma fábrica de relógios falsificados, que funcionava clandestinamente nos fundos do depósito. Dois imigrantes ilegais da China, que trabalhavam de maneira irregular no local foram detidos. Parte do material apreendido deve ser enviada para análise em Brasília. As mercadorias foram entregues à Receita Federal.
POEIRA NO ASFALTO – 47 presos, sendo 26 servidoresA Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, iniciou no dia oito de novembro pela manhã no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná a Operação “Poeira no Asfalto”, para desmantelar uma das principais quadrilhas especializadas em fraudar e falsificar combustíveis no país. A atuação dos fraudadores contava com a participação de uma rede de servidores públicos, dentre eles policiais rodoviários federais, civis e militares, fiscais de tributos estaduais e fiscais do meio ambiente.
CATARATAS – 39 presosOperação conjunta da Receita Federal, com o suporte da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, com o objetivo de combater o contrabando, o descaminho e outros crimes ocorridos na região da fronteira Brasil-Paraguai. A operação, iniciada em 08 de novembro, já realizou milionárias apreensões de mercadorias contrabandeadas, além de drogas e munições, e causou diversos atos de mobilização e protesto na Ponte Internacional da Amizade por parte de lojistas, sacoleiros, mototaxistas e até da Prefeitura de Ciudad del Este, no lado paraguaio. A operação não tem data definida para terminar.
MIDAS – 10 presos, sendo 1 servidorDesencadeada em 10 de novembro pela força-tarefa previdenciária em Mato Grosso, composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal. Foram presas 10 pessoas e cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nos estados do Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os presos são acusados de fraudes no setor de arrecadação do INSS, que eram cometidas por empresários, advogados e intermediários, e tinham a participação do Procurador-chefe da Procuradoria Especializada do INSS em Mato Grosso, Álvaro Marçal Mendonça, preso em Itajaí/SC. Ele seria o principal facilitador na liberação indevida de certidões negativas de débito. A ação contou com o apoio de auditores fiscais da Previdência.
CATUABA – 58 presos, sendo 26 servidoresAção conjunta da PF com a Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria da República na Paraíba. Prendeu, em 12 de novembro, em nove estados, 58 pessoas, das quais, 26 servidores públicos. Foram cumpridos 83 mandados de busca num total de 32 municípios. Entre os envolvidos estão sócios e funcionários de empresas de bebidas, supostos “laranjas”, servidores de Secretarias de Fazenda estaduais e funcionários de bancos. Daniel dos Santos Moreira, vulgo “Daniel da Coroa” é apontado pelas investigações como o cabeça da organização criminosa. Foram apreendidos documentos e computadores na empresa dele, a Engarrafadora Coroa 82, localizada no município de Patos, a 300 km da capital João Pessoa. Foi apreendido também o Avião Carajá pertencente ao empresário, que possui ainda outras 39 empresas investigadas, inclusive em nome dos chamados “laranjas”, além de bebidas sem o selo do IPI ou com selo falsificado. As ações aconteceram na Paraíba, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Goiás. Participaram da operação aproximadamente 300 policiais federais e 50 auditores da receita federal. Os presos são acusados de sonegação fiscal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e falsificação de documentos.
FARAÓ – 8 presos, sendo 4 servidoresOperação da Polícia Federal que prendeu no dia 18 de novembro oito pessoas que seriam responsáveis pelo desvio de mais de R$ 31 milhões da folha de funcionários públicos do Estado de Roraima (gafanhotos). Sete buscas e prisões aconteceram em Boa Vista (RR) e uma em Manaus (AM). Dos oito presos, quatro eram funcionários públicos: dois ex-secretários da Fazenda um ex-secretário do Tesouro de Roraima além do ex-gerente da agência do Banco do Brasil. Segundo a investigação, os sócios da empresa NSAP, também presos, foram autorizados pelos ex -secretários de Estado a movimentarem as contas para o pagamento dos funcionários públicos do Estado de Roraima. A Empresa teria desviado verba pública também através de funcionários fantasmas ligados a diversas autoridades de Roraima. O caso, já apurado pela Polícia Federal em novembro de 2003 através da “Operação Praga do Egito”, culminou com o indiciamento do ex-governador Neudo Campos e outras autoridades do Estado. Segundo Laudo de Exame Econômico-Financeiro do Setor Técnico Científico (Setec) da Superintendência Regional de Roraima, com a Operação Praga do Egito (Gafanhoto) e Operação Faraó já foram apurados desvios, do erário público, que chegam a um montante de R$ 80.466.104,20 (oitenta milhões, quatrocentos e sessenta e seis mil, cento e quatro reais e vinte centavos).
ÁGUIA II – 19 presos, sendo 14 servidoresA Polícia Federal cumpriu 19 mandados de prisão, dos 21 expedidos por determinação do juiz da 4ª. Vara Federal, em Manaus. As prisões são resultado das investigações da PF em Manaus, que resultaram na Operação Águia (3 julho de 2003). A PF constatou que policiais civis da região estavam envolvidos com tráfico de drogas. O Ministério Público, após recebimento do inquérito, ofereceu denúncia que resultou, agora, na prisão de 14 policiais civis e 5 traficantes. Dois continuam foragidos.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – 2 policiais federais presosNo dia 24 de novembro, em uma ação que envolveu 40 policiais federais, foi preso o ex-delegado-chefe da PF em São José dos Campos (SP), Marcos Vinícius Deneno, suspeito dos crimes de extorsão, corrupção e formação de quadrilha. Durante a operação também foi preso, em flagrante, o delegado Reinaldo Ragazzo Boarim, por posse ilegal de armas de calibre restrito. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão na residência dos delegados, de três agentes federais, empresas e na própria delegacia. A ação aconteceu depois de cerca de seis meses de investigações desenvolvidas pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP), que recebeu denúncias feitas ao Ministério Público Federal depois da Operação Anaconda.
MASCATES – 13 presos, sendo 1 servidorEm operação conjunta com a Receita Federal, a Polícia Federal deflagrou em 29 de novembro a Operação Mascates, para desmontar um esquema de importação ilegal de mercadorias, (contrabando e descaminho) e sonegação fiscal. Foram presas 13 pessoas, sendo 10 em Goiânia (GO) e três em Foz do Iguaçu (PR), com 29 mandados de busca e apreensão cumpridos em Goiânia, Foz do Iguaçu e Brasília. Um ano e meio de investigações desvendou o esquema de legalização das mercadorias contrabandeadas, principalmente produtos de informática e eletrônicos, com o uso de Guias de Arrematação de leilões da própria Receita Federal, além de notas frias. Estima-se que a maior parte dos produtos comercializados nas lojas investigadas tenha origem ilegal, e que o grupo movimentou, só em 2003, R$ 55 milhões. Um Policial Rodoviário Federal também foi preso.
PERSEU – 12 presos, sendo 1 servidorEm 1º de dezembro a Força-Tarefa Previdenciária composta pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e INSS prendeu 12 pessoas que fariam parte de um grupo criminoso envolvido em sonegação de impostos e de contribuições previdenciárias que somariam R$ 150 milhões. A ação, batizada de Operação Perseu, foi iniciada simultaneamente em oito estados (Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Paraná), com a participação de mais de 350 Policiais federais e 67 Auditores-Fiscais da Previdência Social. As investigações concentram-se no Grupo Margem, o segundo maior frigorífico do país, com 21 unidades industriais e faturamento bruto anual de R$ 2,3 bilhões. Além de sócios e funcionários da empresa, um auditor-fiscal também foi preso.
SENTINELA – 10 presos, sendo 4 servidoresA Operação Sentinela foi deflagrada em 02 de dezembro para desarticular uma quadrilha que fraudava licitações realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O grupo investigado, composto por empresários e servidores públicos de área administrativa do TCU, fraudava licitações naquele órgão, além de exercer advocacia administrativa para aprovação de parecer favorável às empresas que são alvo de investigação: Brasfort, Reman Segurança, Confederal, Montana e Sitran. Foram presas 10 pessoas e cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. Dos 10 presos, quatro eram servidores públicos.
CASTELO – 7 presosA Operação Castelo aconteceu no dia 3 de dezembro no estado de Goiás, e visou reprimir o tráfico internacional de seres humanos. Foram presas sete pessoas, a partir de denúncia sobre o embarque de mulheres aliciadas para prostituição na Espanha. Também foram cumpridos 16 Mandados de Busca e Apreensão em estabelecimentos comerciais e residências.
FAROESTE – 22 presos, sendo 12 servidoresA Operação Faroeste, realizada no dia 7 de dezembro, teve como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em grilagem de terras públicas no oeste do Pará, especialmente na cidade de Santarém. Foram 18 pessoas presas, sendo 8 servidores do Incra.
MAR AZUL – 4 presos, sendo 2 servidoresA Operação Mar Azul foi deflagrada no dia 07 de dezembro e foi resultado de investigações realizadas pela Força Tarefa Previdenciária, composta pela PF, Ministério Público Federal e INSS. Foram presos dois auditores fiscais da Previdência Social e dois empresários do ramo de navegação, nas cidades do Rio de Janeiro, de Niterói e de Vassouras, na Região Serrana.
CAVALO DE AÇO – 36 presos, sendo 4 servidoresA Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal realizou no dia 9 de dezembro a Operação Cavalo de Aço nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O objetivo era desarticular uma organização criminosa que atuava no roubo de cargas e veículos. A base da operação foi o estado do Espírito Santo, onde as investigações foram desenvolvidas durante 6 meses.
SAIA JUSTA – 6 presos, sendo 3 servidoresA operação Saia Justa foi realizada no dia 13 de dezembro e prendeu pessoas envolvidas em um esquema de fraude ao Instituto Nacional do Seguro Social. A quadrilha fazia inclusões no sistema do INSS de vínculos empregatícios inexistentes, majorações de tempo de serviço, conversões de atividades profissionais especiais para gerar aposentadorias com menor tempo de serviço e concessões de aposentadorias abaixo da idade limite. A fraude causava um prejuízo de R$ 600 mil reais por ano.
FÊNIX – 12 presosA Operação Fênix foi deflagrada dia 15 de dezembro pela Força-tarefa Previdenciária, composta por integrantes da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social. A ação teve por finalidade desbaratar uma organização criminosa formada por médicos particulares e segurados de benefícios por incapacidade, cujo objetivo principal era fraudar a Previdência Social.
2005
ALCATÉIA – 11 presosDesencadeada no dia 14 de janeiro, a Operação Alcatéia prendeu 11 pessoas envolvidas com a alteração de chassis de ônibus e caminhões. A base da quadrilha era a cidade de Divinópolis (MG), mas as investigações mostram que o grupo atuava em 15 estados brasileiros. Além da acusação da alteração de chassis, a quadrilha era acusada pelos crimes de roubo de cargas e caminhões, desmanche de carros, e sonegação fiscal.
PREDADOR – 15 presosA Operação Predador, que aconteceu no dia 28 de janeiro, desmontou uma quadrilha que desviava verbas do Conselho Federal de Enfermagem. Com ações nos estados do Rio de Janeiro, Piauí, Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, foram presas 15 pessoas, entre elas o presidente do Cofen, Gilberto Linhares. A quadrilha era acusada de desviar verbas do Conselho através de licitações superfaturadas, além de outros crimes. As investigações mostraram que o desvio chegou próximo aos R$ 50 milhões de reais.
PETISCO – 43 presos, sendo 4 servidoresRealizada no dia 02 de fevereiro, a Operação Pestisco contou com a participação de 250 agentes da Polícia Federal de Brasília, Rio e Campos, além de 120 homens da Polícia Militar. A ação desarticulou uma quadrilha do tráfico de drogas que atuava na cidade de Campos (RJ) e outros municípios do interior fluminense, e movimentava cerca de R$ 2,5 milhões por mês com a venda de 30 quilos de cocaína e meia tonelada de maconha. Ao todo foram presas 43 pessoas.
PRETORIUM – 7 presos, sendo 5 servidoresA Operação Pretorium foi desencadeada no dia 10 de fevereiro e prendeu 7 pessoas envolvidas em um esquema de corrupção que funcionava dentro do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima. Entre as irregularidades descobertas estavam “viagens fantasmas”, pagamento irregular de diárias e horas-extras e desvio de verbas públicas destinadas às eleições de 2004, além de um esquema de repasse de salários.
BIG BROTHER – 5 presosA Operação Big Brother prendeu em no dia 15 de fevereiro cinco pessoas envolvidas com um esquema que fraudava documentos para tentar obter o pagamento de títulos da dívida pública da Petrobrás e Eletrobrás. Somente em um dos casos, o grupo tentou obter, fraudulentamente, R$ 600 milhões. Ao todo, as ações judiciais descobertas durante as investigações totalizavam quase R$ 1 bilhão. Graças ao trabalho das estatais e da PF, os saques dos valores foram evitados.
CLONE – 4 presosA Operação Clone foi desencadeada no dia 16 de fevereiro em Brasília (DF) para prender uma quadrilha que lesava centenas de correntistas por meio de fraudes bancárias. Quatro pessoas foram presas. De acordo com as investigações, o grupo executava fraudes através da Internet e obtinha, através de empregados dos bancos, os saldos e dados pessoais dos clientes a serem lesados. O principal alvo da quadrilha era a Caixa Econômica Federal, mas foram registradas ocorrências contra correntistas do Banco do Brasil, Itaú e Bradesco no Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, Goiânia, Ceará e São Paulo. Os valores desviados podem chegar a 10 milhões de reais.
TERRA NOSTRA – 15 presos, sendo 3 servidoresRealizada no dia 17 de fevereiro, a Operação Terra Nostra contou com a participação de 150 policiais federais. Foi desmontada uma quadrilha que fazia grilagem de terras em áreas sem título de domínio no norte do estado de Tocantins. Os acusados agiam de forma ordenada, falsificando documentos relativos à posse e propriedade das terras, forjando contratos de cessão de direitos de posse a fazendeiros de outros estados e, pressionando, com ameaças de violência, os interessados que efetuavam a negociação a desistirem da compra, recebendo de volta menos da metade do valor pago. Foram presas 15 pessoas.
CARONTE – 22 presos, sendo 14 servidoresA Força Tarefa no Pará, constituída pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social, realizou no dia 18 de fevereiro a Operação Caronte. O objetivo era prender servidores públicos do INSS, advogados e empresários que fraudavam a Previdência Social através da emissão irregular de Certidões Negativas de Débito. Foram presas 22 pessoas e cumpridos 20 mandados de busca e apreensão.
AJUSTE FISCAL – 11 presosA Operação Ajuste Fiscal aconteceu no dia 24 de fevereiro e resultou na prisão de 11 auditores fiscais da Secretaria de Receita Previdenciária (antiga Gerência do INSS) do Ministério da Previdência. A suspeita é que o grupo tenha causado um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres da Previdência, referente a dívidas que deixaram de ser cobradas de empresas nos últimos dez anos mediante pagamento de propinas.
DRAGÃO – 5 presosDesencadeada no dia 18 de março, a Operação Dragão prendeu cinco empresários do ramo de extração de areia. Eles estavam envolvidos com crimes de corrupção, formação de cartel, sonegação fiscal e usurpação de matéria-prima da União por meio da extração irregular de areia.
BURITIS – 29 presos, sendo 14 servidoresA Operação Buritis prendeu no dia 31 de março, 29 pessoas envolvidas com um esquema de corrupção que envolvia policiais rodoviários federais e empresários do setor de transportes. Participaram da ação 160 policiais federais do Piauí, Maranhão, Ceará, Pernambuco e Brasília. Os presos foram acusados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, concussão, prevaricação, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha.
MARÇO BRANCO – 8 presos, sendo 5 servidoresA operação Março Branco foi realizada no dia 05 de abril pela Superintendência da Polícia Federal no Paraná juntamente com a Secretaria de Segurança Pública do estado. A ação prendeu uma quadrilha especializada no patrulhamento armado de fazendas ocupadas por membros do Movimento dos Sem Terra (MST) e sua conseqüente desocupação forçada, bem como tráfico internacional de armas e violações aos Direitos Humanos. Oito pessoas foram presas, e houve a apreensão de armas de diversos calibres usados pelos membros da organização.
TANGO – 13 presosA Operação Tango, desencadeada no dia 11 de abril, prendeu integrantes de uma quadrilha envolvida com crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Cerca de 300 policiais federais atuaram na operação, que aconteceu simultaneamente no Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Tocantins e Paraíba. Ao todo 13 pessoas foram presas. O grupo agia criando créditos tributários “frios”, que eram oferecidos a empresas com dificuldades financeiras, os quais seriam utilizados na compensação de obrigações fiscais.
CASTANHOLA – 12 presosCom objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava no tráfico internacional de mulheres para Espanha e Portugal, a Operação Castanhola foi realizada no dia 14 de abril. Foram 7 pessoas presas na cidade de Anápolis. Também aconteceram ações de repressão na Espanha e Portugal, que resultaram na prisão de 5 pessoas na cidade de Santander (Espanha).
HIDRA – 67 presos, sendo 21 servidores e 1 policial federalA Operação Hidra foi a maior ação da história da Polícia Federal para combate ao crime de contrabando e descaminho. Desencadeada no dia 04 de maio, a operação prendeu 67 pessoas e contou com a participação de mais de 750 policiais federais. A quadrilha que foi alvo da ação tinha como base principal a cidade de Maringá, além de ramificações em outras cidades do Paraná e do estado de Mato Grosso do Sul.
GUABIRU – 26 presos, sendo 10 servidoresA Operação Guabiru prendeu no dia 17 de maio 26 pessoas envolvidas com um esquema de desvio de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação que deveria ser usado para a compra de merenda escolar em municípios alagoanos. Entre os presos, 8 eram prefeitos municipais e 4 eram ex-prefeitos.
GALILEU – 100 presosDeflagrada no final de maio, a operação desbaratou uma quadrilha de fraudadores de concusrsos públicos, especializada em vender gabaritos, que atuava em vários Estados desde 1996.
INTEGRADA SÃO FRANCISCO Foi deflagrada na última quinta-feira, 26, a “Operação Integrada São Francisco” que conta com a participação de 90 homens das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil, Militar e Corpo de Bombeiros de Pernambuco. O principal objetivo é localizar e destruir plantações de maconha no estado, principalmente no sertão, na região conhecida como “polígono da maconha”. Desde o início da operação já foram destruídos 442.166 pés de maconha em 172 plantios; 289.984 mudas, além de 220 quilos de maconha pronta para o consumo.
CURUPIRA – 78 pessoas presasPolícia Federal, Ibama e Ministério Público Federal deflagraram em 2 de junho a Operação Curupira, após nove meses de investigações, que tem por objetivo desmontar esquema de fraude e corrupção instalado no Ibama-MT desde 1990. A organização criminosa era composta por madeireiros e despachantes especializados na extração e transporte ilegal de madeira, mediante corrupção de servidores públicos do Ibama e da Fundação Estadual do Meio Ambiente. Ao todo são 480 policiais que estão cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Paraná. Até o momento 78 pessoas já foram presas. Os envolvidos devem ser indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações, prevaricação, advocacia administrativa, falsidade ideológica, autorização indevida de desmate, extravio de documento público, formação de quadrilha e estelionato contra a administração pública.