22 setembro 2005

FRANKLIN MARTINS COMENTA A PESQUISA
CNI/IBOPE



Franklin Martins comenta os números da pesquisa CNI-Ibope divulgados nessa quarta-feira.

William: Franklin, mais importante que o retrato apresentado por uma pesquisa é a tendência que ela mostra. Um mês atrás, já era considerável o dano à popularidade de Lula.

A crise política já causou o dano que tinha de causar na imagem de Lula ou ainda vem mais estrago pela frente?

Franklin: William, os gráficos que nós vimos agora se referem à série histórica das pesquisas CNI-Ibope, mas quando se compara a pesquisa de hoje com a pesquisa avulsa feita pelo ibope de agosto, a leitura é diferente. Fica claro que a avaliação de Lula se estabilizou, não está mais em queda.
A percentagem dos que confiam em Lula era de 43% em agosto, hoje é de 44%, praticamente a mesma coisa. Os que não confiam eram 52% há um mês. Hoje são 51%.
A mesma tendência se manifesta na avaliação do governo Lula. Em agosto 29% avaliavam que ele era bom ou ótimo. Esse índice se repetiu agora em setembro.
Já a percentagem dos que acham o governo é ruim ou péssimo passou de 31 para 32%, praticamente não se alterou, ou seja, a popularidade de Lula sofreu forte queda em julho e agosto. Em setembro, ela estabilizou.
Comparativo com outros candidatos
Pelajo: Franklin Martins, mais uma vez nós vimos a série histórica, a tendência. E se a comparação dos números eleitorais de hoje for feita com a última pesquisa, a de agosto?
Franklin: Nesse caso, Christiane, há uma ligeira recuperação de Lula. No cenário com José Serra, ele tinha 29% das intenções de voto em agosto, passou para 33%, quatro pontos a mais. Serra manteve 30% das intenções de voto. No cenário com Geraldo Alckmin, Lula passou de 32 para 35%. Alckmin também subiu três pontos.
Em ambos os caos, o crescimento de Lula se deu em cima dos votos nulos e em branco, que haviam dado um tremendo salto nos meses anteriores.
Ao que parece, Lula começou a recuperar eleitores que, por causa da crise, estavam decepcionados com ele e pensando em votar nulo. Vamos acompanhar as próximas pesquisas.