31 agosto 2005

Presidente nacional do PSDB será incluído no relatório das CPMIs








O nome do senador Eduardo Azeredo (MG), presidente nacional do PSDB, será incluído no relatório conjunto das CPMIs dos Correios e da Compra de Votos.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (30) pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da comissão que investiga irregularidades na estatal.
O relatório parcial deve ser divulgado às 15h30 da próxima quinta-feira.




Além de Azeredo, o relatório deve mencionar os nomes de 18 deputados. Durante depoimento à CPMI dos Correios, o publicitário Marcos Valério de Souza admitiu ter intermediado empréstimos no banco Rural para a campanha coligada dos então candidatos Eduardo Azeredo e Clésio Andrade (PFL) ao governo de Minas Gerais, em 1998.
"Não tenho nada contra incluir o nome do senador Azeredo.
Eu o incluirei e já acrescento que vou mandar (o relatório) ao presidente do Congresso Nacional.
A CPMI não abafa nada nem ninguém", disse Serraglio.




Na manhã desta terça-feira, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu-se com os presidentes e relatores das CPMIs dos Correios e da Compra de Votos e da CPI dos Bingos.
Eles decidiram lançar um relatório conjunto para as comissões mistas. "O relatório parcial pertinente às investigações envolvendo parlamentares será elaborado conjuntamente pelos relatores e apreciado pelas duas comissões.
Uma vez aprovado, será remetido imediatamente à Presidência da Câmara", disse Calheiros.




Os parlamentares decidiram ainda criar uma "instância de convergência", que deve se reunir todas as segundas-feiras. "Composta pelos presidentes e relatores das três comissões, a instância de convergência vai fazer um planejamento para racionalizar e simplificar os procedimentos e possibilitar que tenhamos rapidamente as conclusões que a sociedade cobra de todos nós", explicou o senador.




As três comissões vão contar com um banco de dados comum e, a partir da próxima semana, devem priorizar a análise de documentos. "Quando houver um depoimento que seja de interesse comum, pode ser feito em sessão conjunta", disse Calheiros.
O Congresso Nacional vai contratar consultoria técnica e destinar mais pessoal para acelerar as investigações.