19 agosto 2005

LULA É O MELHOR PRESIDENTE DO BRASIL














No meio da turbulência política, caiu a inflação, em São Paulo. Agosto, que é um mês tradicionalmente de inflação alta por causa do reajuste das tarifas públicas, pode terminar com taxa próxima a zero ou até mesmo com deflação.
A previsão é da FIPE, que calcula o custo de vida na cidade. a última pesquisa mostrou que a queda de preços dos alimentos foi o principal motivo, mas não o único.
A dona de casa Lídia Bortolano se empolgou com o que viu no supermercado. Frutas, legumes e verduras estão mais em conta. Até quem não compra sempre percebeu a redução. É o caso do comerciante Gival dos Santos pagava R$ 12,50 pela carne, agora encontra o quilo por R$ 9,50.
A queda no preço dos alimentos puxou pra baixo a inflação em São Paulo. segundo a FIPE, na segunda semana de agosto o índice ficou em 0,07%. Nem a metade do registrado nos primeiros sete dias do mês, que foi 0,19%.
Segundo a pesquisa, todas as categorias de alimentos ficaram mais baratas. Os industrializados foram os que mais caíram. O melhor exemplo é o leite em caixinha, que segundo a FIPE, ficou 6% mais barato de uma semana para a outra. O economista Celso de Souza aproveitou pra reforçar o estoque de leite.
As explicações para a boa notícia: o clima que ajudou a colheita, e, principalmente, a queda do dólar. A valorização do real frente ao dólar torna as exportações menos atrativas para os produtores que passam a afetar no mercado interno. Com isso, aumenta a oferta e reduz os preços aqui dentro. É o caso do pão francês. Está custando menos porque a farinha, que é importada, ficou mais barata.
Mas que a empolgação fique restrita a padaria, ao supermercado. Segundo a FIPE, comer fora de casa ficou, inclusive, um pouco mais caro: 0,36%. É que os comerciantes tem que levar em conta todos os outros custos.
No mercado financeiro, o dólar fechou em alta, a R$ 2,38. O índice da bolsa de valores de São Paulo teve queda de 1,88%.
Entre uma CPI e outra, os operadores anotaram um número que o Banco Central soltou neta quinta-feira: a conta do dinheiro que entra e sai do país teve o melhor resultado mensal dos últimos 58 anos.
A conta de transações correntes teve, em julho, superávit de US$ 2,592 bilhões. Esse foi um reflexo de outro superávit recorde: o da balança comercial, que no mês passado ficou em US$5,012 bilhões.
O cadastro geral de empregados e desempregados, do ministério do trabalho, registrou em julho a criação de 117.473 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Desde o começo do ano, já são mais de um milhão empregos formais novos em todo o país.
E a indústria paulista contratou com força em julho. O nível de emprego industrial no Estado teve a maior alta do ano. Foram criados 16.871 vagas no mês, uma alta de 0,81%.