Presidente do Sindicato dos Metroviários de São
Paulo, Altino Melo dos Prazeres, informou que mandará uma carta pedindo
apoio a presidente Dilma Rousseff e a Fifa para que intercedam junto ao
governo do Estado sobre as negociações; uma audiência no Tribunal
Regional do Trabalho está agendada para 10h de domingo (8); será julgado
se a greve é ilegal ou não; o metrô opera parcialmente com 34 das 68
estações abertas; em audiência neste sábado (7), categoria resolveu
manter paralisação
247 - O presidente do Sindicato dos Metroviários
de São Paulo, Altino Melo dos Prazeres, informou neste sábado (7) que
mandará uma carta pedindo apoio a presidente Dilma Rousseff e a Fifa
para que intercedam junto ao governo do Estado sobre as negociações.
"Esperamos que a Fifa pressione o governador Alckmin. Ela tem muito
interesse em que tudo esteja resolvido até a Copa", disse.
Em assembleia realizada na noite deste sábado (7), categoria decidiu
manter a greve da categoria até a tarde deste domingo (8). Uma audiência
no Tribunal Regional do Trabalho está agendada para 10h de amanhã,
quando será julgado se a greve é ilegal ou não. O metrô opera
parcialmente com 34 das 68 estações abertas, segundo a Companhia do
Metropolitano.
Os metroviários estavam dispostos a negociar uma possível redução no
reajuste salarial pleiteado, que era de 12,2%, caso a companhia
concordasse em atender outras reivindicações, mas não houve avanços.
Abaixo matéria da agência Reuters:
SÃO PAULO (Reuters) - Os metroviários de São Paulo decidiram em
assembleia nesta sexta-feira manter a greve por melhores salários por
tempo indeterminado, a menos de uma semana para o jogo de abertura da
Copa do Mundo, na capital paulista.
No segundo dia da paralisação, a cidade teve transtornos e
congestionamentos, com ônibus lotados e confrontos entre polícia e
grevistas. Segundo o site do Metrô-SP, apenas duas linhas de metrô
operavam normalmente, e três linhas tinham operações parciais.
"Diante da repressão policial, da ameaça, da inflexibilidade da
empresa, nós decidimos manter a greve até que o governo (estadual)
negocie", disse à Reuters um diretor do Sindicato dos Metroviários que
preferiu não ser identificado.
A tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo foi acionada no
início do dia e usou gás lacrimogêneo para liberar o acesso à estação
Ana Rosa, na zona sul, próxima à região central da cidade, que teve a
entrada bloqueada por um piquete de grevistas.
Representantes do Metrô-SP e do sindicato não chegaram a um acordo na
reunião de conciliação realizada no fim da tarde desta sexta-feira no
Tribunal Regional do Trabalho.
Os metroviários mantiveram a reivindicação de reajuste de 12,2 por
cento, enquanto o Metrô não alterou a sua proposta de 8,7 por cento.
"O Metrô foi inflexível na sua proposta e apresentou a mesma proposta
apresentada anteriormente", afirmou o diretor, acrescentando que os
grevistas reivindicam, além do reajuste salarial de dois dígitos, um
novo plano de carreira.
A prefeitura voltou a suspender o rodízio de carros nesta
sexta-feira, quando a chuva também contribuiu para que o trânsito
registrasse 234 quilômetros de lentidão na capital paulista, segundo
informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Os ônibus operavam com reforço de frota, segundo a SPTrans, mas
estavam sobrecarregados. Imagens de emissoras de TV mostravam veículos
lotados e grandes filas para pegar os coletivos.
Os transtornos ocorreram no dia em que a seleção brasileira de
futebol jogou um amistoso contra a Sérvia no Estádio do Morumbi, na zona
sul de São Paulo, o último jogo preparatório antes da estreia na Copa
do Mundo, na semana que vem, contra a Croácia.
Na quinta-feira, incidentes violentos foram registrados na estação
Corinthians-Itaquera, próxima à Arena Corinthians, palco da abertura do
Mundial.
O Metrô-SP não pôde ser imediatamente contatado para comentar o assunto.