08 junho 2014

Metroviários mantêm greve e pedem apoio a Dilma e Fifa

:
Presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Melo dos Prazeres, informou que mandará uma carta pedindo apoio a presidente Dilma Rousseff e a Fifa para que intercedam junto ao governo do Estado sobre as negociações; uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho está agendada para 10h de domingo (8); será julgado se a greve é ilegal ou não; o metrô opera parcialmente com 34 das 68 estações abertas; em audiência neste sábado (7), categoria resolveu manter paralisação
247 - O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Melo dos Prazeres, informou neste sábado (7) que mandará uma carta pedindo apoio a presidente Dilma Rousseff e a Fifa para que intercedam junto ao governo do Estado sobre as negociações. "Esperamos que a Fifa pressione o governador Alckmin. Ela tem muito interesse em que tudo esteja resolvido até a Copa", disse.
Em assembleia realizada na noite deste sábado (7), categoria decidiu manter a greve da categoria até a tarde deste domingo (8). Uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho está agendada para 10h de amanhã, quando será julgado se a greve é ilegal ou não. O metrô opera parcialmente com 34 das 68 estações abertas, segundo a Companhia do Metropolitano.
Os metroviários estavam dispostos a negociar uma possível redução no reajuste salarial pleiteado, que era de 12,2%, caso a companhia concordasse em atender outras reivindicações, mas não houve avanços.
Abaixo matéria da agência Reuters:
SÃO PAULO (Reuters) - Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia nesta sexta-feira manter a greve por melhores salários por tempo indeterminado, a menos de uma semana para o jogo de abertura da Copa do Mundo, na capital paulista.
No segundo dia da paralisação, a cidade teve transtornos e congestionamentos, com ônibus lotados e confrontos entre polícia e grevistas. Segundo o site do Metrô-SP, apenas duas linhas de metrô operavam normalmente, e três linhas tinham operações parciais.
"Diante da repressão policial, da ameaça, da inflexibilidade da empresa, nós decidimos manter a greve até que o governo (estadual) negocie", disse à Reuters um diretor do Sindicato dos Metroviários que preferiu não ser identificado.
A tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo foi acionada no início do dia e usou gás lacrimogêneo para liberar o acesso à estação Ana Rosa, na zona sul, próxima à região central da cidade, que teve a entrada bloqueada por um piquete de grevistas.
Representantes do Metrô-SP e do sindicato não chegaram a um acordo na reunião de conciliação realizada no fim da tarde desta sexta-feira no Tribunal Regional do Trabalho.
Os metroviários mantiveram a reivindicação de reajuste de 12,2 por cento, enquanto o Metrô não alterou a sua proposta de 8,7 por cento.
"O Metrô foi inflexível na sua proposta e apresentou a mesma proposta apresentada anteriormente", afirmou o diretor, acrescentando que os grevistas reivindicam, além do reajuste salarial de dois dígitos, um novo plano de carreira.
A prefeitura voltou a suspender o rodízio de carros nesta sexta-feira, quando a chuva também contribuiu para que o trânsito registrasse 234 quilômetros de lentidão na capital paulista, segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Os ônibus operavam com reforço de frota, segundo a SPTrans, mas estavam sobrecarregados. Imagens de emissoras de TV mostravam veículos lotados e grandes filas para pegar os coletivos.
Os transtornos ocorreram no dia em que a seleção brasileira de futebol jogou um amistoso contra a Sérvia no Estádio do Morumbi, na zona sul de São Paulo, o último jogo preparatório antes da estreia na Copa do Mundo, na semana que vem, contra a Croácia.
Na quinta-feira, incidentes violentos foram registrados na estação Corinthians-Itaquera, próxima à Arena Corinthians, palco da abertura do Mundial.
O Metrô-SP não pôde ser imediatamente contatado para comentar o assunto.