Ex-dirigente sindical, ex-presidente Lula disse
que a greve é uma conquista democrática e afirmou que a demissão dos 42
metroviários poderá ser revertida se houver maturidade tanto dos
grevistas quanto do governador Geraldo Alckmin (PSDB): “Muitas vezes as
decisões tomadas de forma intempestiva em um momento mais grave, em um
momento de exaltação, podem ser resolvidas daqui alguns dias”, disse;
presidente do sindicato dos metroviários, Altino Prazeres Júnior, voltou
a ameaçar retomada da greve na Copa, e governador tucano garante que já
preparou lista com mais 300 demissões
247 - O ex-presidente Lula pressionou o governo
de São Paulo ao defender nesta terça-feira a readmissão dos 42
metroviários demitidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), após
paralisação de cinco dias do metrô.
Ex-dirigente sindical, o ex-presidente disse que a greve é uma
conquista democrática e afirmou que a demissão poderá ser revertida se
houver maturidade: “A dispensa pode ser revista se houver maturidade
tanto dos trabalhadores quanto do governador para conversar. Muitas
vezes as decisões tomadas de forma intempestiva em um momento mais
grave, em um momento de exaltação, podem ser resolvidas daqui alguns
dias. Pela minha experiência, penso que não há interesse nenhum do
governador de deixar 42 trabalhadores fora”, disse Lula, após participar
do Fórum Empresarial América Latina e Caribe organizado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Prefeitura de São Paulo.
No entanto, ele também cobrou responsabilidade dos metroviários.
“Eles também têm de saber que existe limite para fazer as coisas. Então o
direito democrático de um não pode impedir o direito democrático de
outro”, afirmou.
O presidente do sindicato dos metroviários, Altino Prazeres Júnior,
voltou a ameaçar a retomada da greve nesta quinta-feira. "Fazer greve no
dia da Copa é ruim. Não é o que queremos, a não ser que sejamos
empurrados para isso. Está nas mãos do governo."
Em contrapartida, o governador tucano afirma que já preparou lista
com mais 300 demissões em caso de problemas. “Nós teremos tanto o Metrô
quanto a CPTM”, garantiu Alckmin. Ele voltou a ressaltar que as
dispensas não serão revistas por questões de “abusos”. “Nenhum grevista
foi demitido. As demissões ocorridas foram em razão de outros fatos
graves, como invasão de estação, depredação, vandalismo”, afirmou.