10 junho 2014

Dilma rotula oposição: "Agenda do retrocesso"

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Presidente voltou a fazer discurso duro durante convenção do PMDB, como fez no evento do PDT, mais cedo; segundo ela, que não citou nomes, "querem surrupiar" os programas do governo, como o Mais Médicos e o Bolsa Família, iniciativas que sempre que tiveram oportunidade "não fizeram e foram contra"; "Sempre tentando excluir os mais pobres, essa é a agenda deles. É a agenda do retrocesso. É essa agenda que querem apresentar ao Brasil", afirmou Dilma Rousseff; partido do vice-presidente Michel Temer aprovou nesta tarde apoio ao PT nas próximas eleições, por 398 votos favoráveis contra 275 que defendiam rompimento

247 – Depois de garantir o apoio do PDT, a presidente Dilma Rousseff recebeu oficialmente na tarde desta terça-feira 10 a aprovação do PMDB por sua candidatura à reeleição em outubro. Na convenção nacional do partido, que acontece desde cedo em Brasília, foram 398 votos favoráveis à manutenção da aliança com o PT com Michel Temer na vice contra 275 que defendiam rompimento com o partido governista.
No encontro, a ala de rebeldes, contrária a apoiar Dilma, distribuiu panfletos e fez discurso com críticas ao governo e reclamações de falta de apoio em alguns estados, como no Rio de Janeiro, onde o PT lançará o senador Lindbergh Farias para disputar o governo do Rio, em vez de apoiar o peemedebista Luiz Fernando Pezão. A ala também questionava o fato de o PMDB não ter candidato próprio à Presidência há 20 anos.
O vice-presidente da República, Michel Temer, minimizou, mais cedo, a divisão no partido. "Se der 51 (por cento dos votos a favor da aliança) está bom", disse a jornalistas ao chegar à convenção. "Isso é comum no PMDB. Se a gente não se acostumar com isso depois de 40 anos, não dá para fazer política", acrescentou, sobre o racha na legenda.
Em seu discurso durante a convenção, o cacique peemedebista disse que a aliança com o PT tem como objetivo "abrir as portas" para que no futuro "o PMDB ocupe todos os espaços políticos, para o bem dos brasileiros". Segundo ele, o partido é o responsável pela "grande revolução social neste país". Temer afirmou ainda não acreditar em "intrigas" que, segundo ele, sugeriam haver traições.