29 maio 2014

Sabesp: Se crise piorar, vamos distribuir água com canequinha

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Diretor da Sabesp Paulo Massato negou em uma audiência na Câmara Municipal de São Paulo sobre o uso do volume morto em Cantareira que vá ocorrer racionamento na região e ainda disse que "se houver alguma crise maior, nós vamos distribuir água com canequinha"
SÃO PAULO - Em uma audiência na Câmara Municipal de São Paulo para esclarecer dúvidas sobre a atual situação dos reservatórios utilizados pela Sabesp (SBSP3) e o uso do volume morto em Cantareira, o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, negou que vá ocorrer racionamento na região e ainda disse que "se houver alguma crise maior, nós vamos distribuir água com canequinha".
Durante duas horas, o diretor deu diversas explicações, inclusive sobre como a Sabesp pretende recuperar o Sistema Cantareira após a atual crise de abastecimento, já que a reserva técnica está sendo usada pela primeira vez na história. Segundo o vereador Paulo Fiorilo (PT), a companhia precisa dizer o que está fazendo para que não ocorra a perda de um "reservatório importante".
Segundo Massato, com o que a Sabesp fez conseguiram economizar a retirada de 9 mil litros de água por segundo no Sistema. "Para obter o mesmo resultado seria necessário implantar rodízio de um dia e meio com água e cinco dias sem água", completou o diretor. De acordo com o depoimento, a crise é decorrência de um fenômeno global que atingiu outros países, como Austrália, Chile e Estados Unidos, além da região Sudeste do Brasil.
"Caso esse fenômeno continue, não tenho dúvida de que a crise será muito mais séria. Não tenho dúvida de que nós não teremos produção agrícola e energia elétrica no próximo ano", disse Massato, segundo O Estado de S. Paulo. "Eu diria que se acontecer esse cenário nós não teremos nem energia para tratar e elevar essa água. A energia vai acabar antes da água, se esse cenário persistir", completou.
Para o vereador José Police Neto (PSD), a Sabesp deveria dar mais transparência de suas ações à população, já que medidas como a redução de pressão e a reversão de água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para bairros da capital antes atendidos pelo Cantareira tem causado corte no fornecimento de água.