10 março 2014

TSE não vê problema em reunião no Alvorada

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Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga negou o pedido de liminar feito pelo PSDB, que queria proibir a presidente Dilma Rousseff de encontrar-se com correligionários no Palácio da Alvorada; deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) classificou como "constrangedor" encontro de Dilma com o ex-presidente Lula; "Em juízo preliminar, não verifico a presença dos pressupostos autorizadores para a concessão da medida pleiteada", afirmou o ministro; caso ainda será analisado pelo plenário do TSE; em artigo publicado hoje, FHC chamou a foto de Dilma e Lula de "chocante" e "esdrúxula"

247 – Não está sendo uma segunda-feira de boas notícias para o PSDB. O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga negou nesta segunda-feira, 10, o pedido de liminar do partido, que queria obrigar a presidente Dilma Rousseff a não realizar reuniões políticas no Palácio da Alvorada.
"Em juízo preliminar, não verifico a presença dos pressupostos autorizadores para a concessão da medida pleiteada. Indefiro, assim, a liminar, reservando-me à avaliação dos demais requerimentos e o mérito da ação após o prazo destinado às defesas e ao parecer do Ministério Público Eleitoral", afirmou o ministro do TSE. O caso ainda será analisado pelo plenário do TSE.
A representação do PSDB foi apresentada na sexta-feira, 7, dois dias depois do encontro entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência oficial da Presidência. Também participaram da reunião o presidente nacional do PT, Rui Falcão; o marqueteiro João Santana; o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins; o presidente do PT-SP, Edinho Silva; além do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo.
Na ação, o PSDB alegou ter havido uso do imóvel da União em horário de expediente para encontro com fins eleitorais de caráter público, já que a reunião foi divulgada para a imprensa. Os tucanos queriam que a presidente fosse multada em R$ 100 mil.
Em artigo publicado nesta segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso questionou a "alegria" e o "regozijo" do governo Dilma Rousseff, demonstrados na foto tirada com o antecessor, Lula, na semana passada, definida pelo tucano como "chocante" e "esdrúxula" (leia aqui).
Em resposta poucas horas depois, FHC foi "enquadrado" pela ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que rebateu, um a um, os ataques de FHC à gestão de Dilma e Lula, do apagão à inflação. "Ele fala de crise do setor elétrico como se o apagão de 2001/2002 não estivesse na memória do país", disse. "Esquece-se de que deixou ao país uma inflação de 12,7% em 2002", afirmou (leia aqui).