Ao participar de uma conferência do grupo
Bandeirantes, na noite de ontem, o ex-presidente Lula destacou números
do Brasil na última década: 11 milhões de empregos, inflação dentro da
meta durante onze anos e o aumento do número de passageiros de avião de
48 milhões para 113 milhões; ele disse ainda que o processo beneficiou
toda a sociedade brasileira; “Do bancário ao banqueiro, do cortador de
cana ao usineiro”, afirmou; enquanto Lula vende otimismo, colunistas
alimentam intriga entre ele e a presidente Dilma Rousseff
247 - Nos
últimos dias, tem sido intensa a plantação de notas sobre um suposto
descontentamento do ex-presidente Lula com sua sucessora Dilma Rousseff.
No meio da semana, a Folha de S. Paulo atribuiu a Lula a frase de que a
nota do Palácio do Planalto sobre a refinaria de Pasadena teria sido um
"tiro no pé" – o que levou o ex-presidente a divulgar nota para
desmentir o que chamou de "invencionices".
Neste fim de semana, notas da coluna
Radar informam que Lula teria feito críticas abertas a Dilma num almoço
promovido pelo banco de investimentos Merrill Lynch. O mesmo assunto
foi abordado também pelo blog de Fernando Rodrigues (leia mais aqui).
No entanto, em suas aparições
públicas, Lula tem se derramado em elogios à condução da política
econômica. Foi o que ele fez ontem, num evento promovido pelo grupo
Bandeirantes, onde o ex-presidente elencou várias razões para o otimismo
com o Brasil. Entre elas, 11 milhões de empregos criados na última
década, 11 anos de inflação dentro da meta e um processo de inclusão
social que fez com que o número de passageiros aéreos passasse de 48
milhões para 113 milhões.
Leia, abaixo, texto postado pelo Instituto Lula sobre o evento na Band:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva participou, na noite desta sexta-feira (21), da Convenção do Grupo
Bandeirantes. Em seu discurso, Lula lembrou as mudanças profundas pelas
quais passou o Brasil na última década. O Produto Interno Bruto (PIB)
cresceu 4.4 vezes, a produção agropecuária aumentou significativamente
levando o Brasil à liderança de vários setores, o fluxo de comércio
exterior dobrou, o número de passageiros de avião passou de 48 para 113
milhões e o Brasil se tornou uma referência política global. Esse
processo beneficiou toda a sociedade brasileira: “Do bancário ao
banqueiro, do cortador de cana ao usineiro”.
O ex-presidente ressaltou ainda que o
Brasil vive há 11 anos em um ambiente econômico com inflação dentro da
meta estabelecida pelas autoridades financeiras. Ele lembrou que quando
assumiu o governo, a inflação era mais que o dobro daquela registrada em
2013. Além disso, enquanto milhares de empregos foram destruídos no
mundo nos últimos anos, o Brasil criou 11 milhões de empregos. Essas
mudanças foram feitas em um ambiente democrático cada vez mais sólido,
destacou Lula.
Sobre a Copa do Mundo, Lula lembrou
que é importante pensar na simbologia do evento, além das divisas que
chegarão ao país. Ele lembrou que muitos choraram quando o país
conquistou a Copa e que ela é uma chance de projetar ainda mais o país
internacionalmente. E ressaltou: “Grande parte dos gastos que estão
sendo feitos se referem a obras de mobilidade, que teriam que ser feitas
com ou sem Copa”.
Lula também falou do papel
importante da Band na história deste país. Ele citou o pioneirismo da
emissora nos debates eleitorais e ressaltou que um meio de comunicação
torna-se relevante quando responde aos interesses da população e é capaz
de captar as mudanças em curso neste país. O ex-presidente também falou
da sua relação com a imprensa durante seu governo: “Ninguém pode me
acusar de, durante os oito anos do meu governo, não ter sido republicano
com a sociedade e a imprensa”.