Embora afirme que "não há nada a temer", defesa do
vereador tucano Andrea Matarazzo poderá ir à Justiça com pedido de
habeas corpus antecipado para evitar a abertura de inquérito da Polícia
Federal contra ele por envolvimento no caso Alstom, milionário esquema
de pagamento de propina para direcionamento de licitação do metrô de São
Paulo; alegação que o tucano pretende usar é de que a investigação "não
tem causa, nem objeto"; há três semanas, Procuradoria Geral da
República requereu inquérito específico sobre Matarazzo
247 - Advogados da defesa do vereador de São
Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB), avaliam a possibilidade de ir à Justiça
com pedido de habeas corpus para evitar a abertura de inquérito da
Polícia Federal contra ele por envolvimento no caso Alstom. A alegação
que o tucano pretende usar é de que a investigação "não tem causa, nem
objeto".
Embora afirme que "não há nada a temer", o advogado do vereador, o
criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, dá a entender que
Matarazzo poderá ser prejudicado simplesmente por ser um homem público.
"O que me causa espanto é que vivemos um momento em que todo homem
público tem que ser investigado. Um cidadão assume o governo e já se
abre inquérito contra ele. O homem público está estigmatizado neste
país", justificou o advogado.
Ex-secretário de Energia de Covas, ex-ministro de Comunicação Social
do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Cultura das
gestões Alberto Goldman e Alckmin, Matarazzo foi indiciado por corrupção
passiva, após investigação da Polícia Federal, mas o tucano afirma que
não conhece os lobistas, empresários e executivos que protagonizaram o
escândalo que envolve pagamento de propina para favorecimento em
licitações do metrô de São Paulo. Há três semanas, a Procuradoria Geral
da República requereu inquérito específico sobre o tucano alegando que
ainda são aguardados documentos da Suíça em nível de cooperação jurídica
internacional.