19 fevereiro 2014

Ato contra Alckmin reúne 40 pessoas e fecha Paulista

ADRIANA SPACA: SÃO PAULO, SP, 05.02.2013: ANÚNCIO/CPMA/SP - O governador Geraldo Alckmin anunia a construção de mais 15 Centrais de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na manhã desta terça-feira. O Programa de Penas e Medi
Grupo de manifestantes bloqueou vias da região central de São Paulo na noite desta terça-feira (18); ato foi acompanhado por grande número de policiais militares, mas aconteceu pacificamente; também nesta terça, a Justiça Federal em São Paulo aceitou denúncia contra 11 acusados de participar do um esquema de propinas para beneficiar o grupo francês Alstom nos contratos do metrô com o governo paulista
247 - Um grupo de cerca de 40 pessoas bloqueou vias da região central de São Paulo na noite desta terça-feira (18), em protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o caso de corrupção no metrô. Os manifestantes fecharam totalmente a rua Augusta. Antes disso, eles já tinham fechado a avenida Paulista, no sentido da rua da Consolação.
O ato foi acompanhado por grande número de policiais militares, mas aconteceu pacificamente. Não havia mascarados entre os manifestantes. Manifestantes reivindicaram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar as denúncias de irregularidades envolvendo o Metrô de São Paulo.
Nesta terça-feira (18), a Justiça Federal em São Paulo aceitou denúncia contra 11 acusados de participar do um esquema de propinas para beneficiar o grupo francês Alstom nos contratos do metrô com o governo paulista. O juiz Marcelo Costenaro Cavali estipulou prazo de dez dias para que os réus apresentem defesa, e retirou o sigilo do processo. Os envolvidos respondem por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre 1998 e 2002, Jonio Foigel e Thierry Charles pagaram R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, como propina. A corrupção envolveu, de acordo com o MPF, funcionários públicos da Eletropaulo (estatal à época), da Engenharia e Planejamento em Transmissão de Energia (EPTE), do Tribunal de Contas do Estado e da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.
O esquema, comandado por Charles, Foigel e Daniel Huet consistia em aliciar funcionários com poder de decisão no governo estadual para garantir operações benéficas à Alstom. Eles atuavam com a ajuda de intermediários, como Cláudio Mendes e Sabino Indelicato, que aproveitam a proximidade com o governo para favorecer o grupo francês.
Os envolvidos recebiam, segundo a denúncia, propina como se fosse pagamento a contratos falsos de consultoria. Parte do dinheiro era enviado para o exterior de maneira irregular, especialmente para bancos na Suíça e em Luxemburgo, e trazidos de volta ao Brasil com a ajuda de doleiros. As propinas chegaram a 15% do valor total do contrato que, à época, totalizou R$ 68 milhões. Com os pagamentos, a Alstom conseguiu firmar, sem licitação, um termo para fornecimento de equipamentos e serviços para o Sistema Eletropaulo.
Respondem por corrupção passiva, o presidente da EPTE, José Sidnei Martini, e o diretor técnico da empresa, Celso Sebastião Cerchiari. Por corrupção ativa, é réu Jean Pierre Courtadon, além de Mendes, Charles, Indelicato e Foigel. Todos os citados são acusados de lavagem de dinheiro, crime que foi praticado também, de acordo com o MPF, por Romeu Pinto Júnior, José Geraldo Villas Boas, Jorge Fagalli Neto e Daniel Huet.
Com informações da Agência Brasil