29 novembro 2013

Cenas censuradas pela Globo: "Cocaína em helicóptero de deputado e senador, não tem dono"?


Sob intensas críticas nos blogs, nas redes sociais e com a manifestação do "Farinhaço na Assembléia", a TV Globo finalmente desenterrou a notícia da apreensão do helicóptero dos Perrella com meia tonelada de pasta base de cocaína, e falou sobre alguns detalhes que todo mundo que acessa a internet já sabia.

O Jornal Nacional mostrou até o "Farinhaço", onde manifestantes espalharam farinha na porta da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, simulando carreiras de cocaína e levaram helicópteros de brinquedo, em protesto contra o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) e seu pai, o senador Zezé Perrella (PDT-MG), amigos e aliados do Senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Um dos alvos do "Farinhaço" era justamente a blindagem da mídia, pois a apreensão do helicóptero demorou três dias para ser noticiada no Jornal Nacional, enquanto todos os outros noticiários mais sérios, mas de menor audiência, noticiaram logo no primeiro dia.

Mas a Globo não falou que os manifestantes exigiam apuração de quem era a cocaína encontrada no helicóptero. Exigiam apuração de escândalos anteriores envolvendo os Perrella. Também queriam a punição do deputado pela contratação do piloto para emprego supostamente fantasma na Assembléia e, caso o combustível do helicóptero pago com dinheiro público tenha sido usado para fins privados ou ilícitos, que também haja responsabilização.

Também causa estranheza o esforço da emissora em aliviar os Perrella de qualquer comprometimento, enquanto não faz o jornalismo investigativo básico de procurar saber quem era o dono da droga. A Polícia Federal, apesar de não fazer ilações irresppnsáveis, nem aplicar a presunção de culpa a ninguém, como é o correto a fazer, não descartou nenhuma linha de investigação, ao contrário do que disse a Globo.

O vídeo acima, divulgado no Youtube mostra melhor o espírito da manifestação "Farinhaço na Assembléia", com cenas relevantes e falas relevantes que a edição do Jornal Nacional censurou.