Em sua segunda aparição como palestrante após deixar o cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo, durante evento promovido pela rede de TV Al Jazeera em Doha (Qatar), que o exemplo brasileiro de democracia pode servir de modelo ao Oriente Médio.
Sem citar diretamente as revoltas populares no mundo árabe (que já derrubaram dois ditadores e puseram a Líbia em estado de guerra civil), Lula saudou a sede por mudanças na região e fez de seu discurso de cerca de 40 minutos, em que quase não houve improviso, um pequeno resumo de seus oito anos na presidência do Brasil.
No início do mês, o ex-presidente havia estreado como palestrante em um evento interno da multinacional LG, em São Paulo, que lhe pagou R$ 200 mil pela participação. A Al Jazeera não divulgou se pagou cachê a Lula pelo discurso deste domingo no Qatar.
O petista repetiu alguns de seus mantras, como a necessidade de se construir "uma nova ordem política e econômica" e a urgência de "mais liberdade e de mais igualdade" no mundo.
Como habitual, criticou a composição do Conselho de Segurança da ONU, por "não respeitar a nova geopolítica mundial" e relembrou a responsabilidade das grandes potências na crise econômica global de 2008.
O petista discorreu brevemente sobre sua biografia, destacando sua origem humilde, e se autointitulou um produto da democracia ao ter "chegado onde chegou", bordão frequente em seus discursos desde que foi eleito presidente pela primeira vez, em 2002.
Também enumerou o que considera as principais realizações de seus oito anos de governo (distribuição de renda por meio de programas sociais, expansão do crédito e acesso à educação).
EVENTO
Com o tema "O mundo árabe em transformação: o futuro chegou?", o evento promovido pela Al Jazeera ocorre num momento em que mobilizações populares em série contribuíram para destituir dois longevos ditadores africanos (Hosni Mubarak, que governou o Egito por 30 anos, e Zine El Abidine Ben Ali, que desde 1987 comandava a Tunísia).
Na Líbia, uma guerra civil opõe rebeldes e forças leais a Muammar Gaddafi, que comanda com mãos de ferro o país após golpe que liderou em 1969. Países como Arábia Saudita, Bahrein e Iêmen também estão passando por ebulição política, com protestos populares quase diários por mudanças.
Criado em 2004, o fórum promovido pela rede Al Jazeera tem o objetivo de debater as perspectivas do Oriente Médio no contexto do mundo globalizado, promovendo discussões sobre o papel dos países árabes nas transformações políticas, sociais e culturais da humanidade.
A Al Jazeera está no ar desde 1996 com o objetivo de levar ao mundo a visão árabe dos acontecimentos.
Sem citar diretamente as revoltas populares no mundo árabe (que já derrubaram dois ditadores e puseram a Líbia em estado de guerra civil), Lula saudou a sede por mudanças na região e fez de seu discurso de cerca de 40 minutos, em que quase não houve improviso, um pequeno resumo de seus oito anos na presidência do Brasil.
No início do mês, o ex-presidente havia estreado como palestrante em um evento interno da multinacional LG, em São Paulo, que lhe pagou R$ 200 mil pela participação. A Al Jazeera não divulgou se pagou cachê a Lula pelo discurso deste domingo no Qatar.
O petista repetiu alguns de seus mantras, como a necessidade de se construir "uma nova ordem política e econômica" e a urgência de "mais liberdade e de mais igualdade" no mundo.
Como habitual, criticou a composição do Conselho de Segurança da ONU, por "não respeitar a nova geopolítica mundial" e relembrou a responsabilidade das grandes potências na crise econômica global de 2008.
O petista discorreu brevemente sobre sua biografia, destacando sua origem humilde, e se autointitulou um produto da democracia ao ter "chegado onde chegou", bordão frequente em seus discursos desde que foi eleito presidente pela primeira vez, em 2002.
Também enumerou o que considera as principais realizações de seus oito anos de governo (distribuição de renda por meio de programas sociais, expansão do crédito e acesso à educação).
EVENTO
Com o tema "O mundo árabe em transformação: o futuro chegou?", o evento promovido pela Al Jazeera ocorre num momento em que mobilizações populares em série contribuíram para destituir dois longevos ditadores africanos (Hosni Mubarak, que governou o Egito por 30 anos, e Zine El Abidine Ben Ali, que desde 1987 comandava a Tunísia).
Na Líbia, uma guerra civil opõe rebeldes e forças leais a Muammar Gaddafi, que comanda com mãos de ferro o país após golpe que liderou em 1969. Países como Arábia Saudita, Bahrein e Iêmen também estão passando por ebulição política, com protestos populares quase diários por mudanças.
Criado em 2004, o fórum promovido pela rede Al Jazeera tem o objetivo de debater as perspectivas do Oriente Médio no contexto do mundo globalizado, promovendo discussões sobre o papel dos países árabes nas transformações políticas, sociais e culturais da humanidade.
A Al Jazeera está no ar desde 1996 com o objetivo de levar ao mundo a visão árabe dos acontecimentos.