O consultor Arthur Teixeira, suspeito de ser um
dos operadores do cartel de trens de São Paulo, e empresas ou pessoas
ligadas a ele controlam pelo menos 23 contas em bancos europeus, segundo
o Ministério Público (MP) de São Paulo; os dados reforçam a suspeita de
que Arthur Teixeira intermediava o pagamento da propina para favorecer
empresas que atuavam no cartel dos trens de São Paulo; esquema teria
funcionado de 1998 a 2008, durante o governo do PSDB, com acordo para
dividir entre as empresas contratos de reformas no Metrô e na CPTM
247 - O consultor Arthur Teixeira, suspeito de ser
um dos operadores do cartel de trens de São Paulo, o "trensalão", e
empresas ou pessoas ligadas a ele controlam pelo menos 23 contas em
bancos europeus, segundo o Ministério Público (MP) de São Paulo. Os
promotores paulistas tiveram acesso a informações do processo que corre
na Suíça.
Os dados reforçam a suspeita de que Arthur Teixeira intermediava o
pagamento da propina para favorecer empresas que atuavam no cartel dos
trens de São Paulo. O esquema teria funcionado de 1998 a 2008, durante o
governo do PSDB, com acordo para dividir entre as empresas contratos de
reformas no Metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
(CPTM).
A descoberta das contas contradiz o depoimento de Arthur Teixeira à
Promotoria no ano passado, quando ele disse que teve apenas duas contas
na Suíça, ambas fechadas há 10 anos. O advogado do consultor disse que
ele não mantém conta, nem valores, fora do país. A defesa informou ainda
que não pode se manifestar sobre o que os promotores descobriram na
Suíça.