Em seu discurso de posse à presidência do STF,
ministro defendeu uma atuação da Corte em harmonia com os demais poderes
e destacou a necessidade de aprimoramento do Judiciário, com maior
eficiência no atendimento à população; "Nós também temos um sonho: o
sonho de ver um Judiciário forte, unido e prestigiado, que possa ocupar o
lugar que merece no cenário social e político deste País", afirmou;
Ricardo Lewandowski disse também que pretende melhorar a prestação do
serviço do Judiciário à população, agilizando o julgamento de processos
por meios eletrônicos e estimulando a resolução alternativa de conflitos
247, com Agência Brasil - O ministro Ricardo
Lewandowski foi empossado hoje (10) no cargo de presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) para um mandato de dois anos. Lewandowski entrou
na vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, que aposentou –se no
início de julho. Com a posse, o ministro também assume a presidência do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em seu discurso de posse, o presidente defendeu uma atuação do STF em
harmonia com os demais poderes, e destacou a necessidade de
aprimoramento do Judiciário, com maior eficiência no atendimento à
população. "Nós também temos um sonho: o sonho de ver um Judiciário
forte, unido e prestigiado, que possa ocupar o lugar que merece no
cenário social e político deste País", afirmou.
Lewandowski disse também que pretende melhorar a prestação do serviço
do Judiciário à população, agilizando o julgamento de processos por
meios eletrônicos e estimulando a resolução alternativa de conflitos.
O novo presidente também afirmou que pretende valorizar atuação dos
juízes. Segundo ele, a importância dos magistrados "não tem sido
adequadamente reconhecida pela sociedade e autoridades em geral".
"Particular atenção será dada à recuperação de suas perdas salariais,
de modo a garantir-lhes uma remuneração condigna com o significativo
múnus público que exercem, bem como assegurar-lhes adequadas condições
materiais de trabalho, além de proporcionar-lhes a oportunidade de
permanente aperfeiçoamento profissional mediante cursos e estágios aqui e
no exterior", disse Lewandowski.
Segundo ministro mais antigo na Corte, Marco Aurélio discursou para
parabenizar a atuação de Lewandowski no STF. Segundo o ministro, o
diálogo deve imperar entre os membros da Corte Suprema.
"Ao Supremo incumbe a chefia do Judiciário nacional, mas esse comando
surge em regime essencialmente democrático, no qual o diálogo
construtivo entre todos os membros deve imperar, sob pena de dar-se
exemplo negativo de intolerância e autoritarismo. Ao tribunal compete a
direção, como cabe ao capitão o leme do barco. E todo comandante deve
saber ouvir, sem deixar de ser a referência maior e, ao mesmo tempo, um
marinheiro como outro qualquer", disse o ministro.
A cerimônia foi acompanhada pela presidenta Dilma Rousseff, pelos
presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e do
Senado, Renan Calheiros, além de autoridades do Judiciário. A
vice-presidência será ocupada pela ministra Cármen Lúcia.
Nascido no Rio de Janeiro, Lewandowski tem 66 anos e foi nomeado para
o STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Ele
formou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP). No Supremo, o
ministro foi o revisor da Ação Penal 470, o processo do mensalão, e
relatou processos sobre a proibição do nepotismo no serviço público e
das cotas raciais nas universidades federais.