Durante convenção do Pros, em Brasília, nesta
terça (24), em que o apoio do partido foi oficializado à presidente
Dilma Rousseff (PT) com 95% dos votos, ela voltou a criticar o "clima de
pessimismo" disseminado por adversários em relação à Copa do Mundo;
"Nós sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos, que
haverá tentativa de disseminar um clima de pessimismo, esse mesmo clima
de pessimismo de alguns que diziam que a Copa ia ser uma vergonha. A
vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de
entregar eventos dessa magnitude", disse; apoio do Pros adiciona 1
minuto e 10 segundos ao programa eleitoral de Dilma na campanha
247 - Durante a convenção do Pros, em Brasília,
nesta terça-feira (24), em que o apoio do partido foi oficializado à
presidente Dilma Rousseff (PT), ela afirmou que a campanha eleitoral
deste ano terá "muitas mentiras e muitos boatos", em referência ao que
chamou de "clima de pessimismo" disseminado por adversários em relação à
Copa do Mundo.
Sem citar nomes de opositores, a pré-candidata petista citou que a
realização do Mundial, até agora sem incidentes, contrapôs visão de que a
Copa seria "um caos". No ato do Pros, 94,5% dos votos foram de apoio a
Dilma. O partido é o terceiro a oficializar em convenção o apoio à
petista e, com isso, adiciona 1min10seg diários no programa eleitoral da
presidente na TV. PMDB e PDT já aprovaram a aliança.
"Nós sabemos que essa campanha terá muitas mentiras e muitos boatos,
que haverá tentativa de disseminar um clima de pessimismo, esse mesmo
clima de pessimismo de alguns que diziam que a Copa ia ser uma vergonha.
A vergonha é deles, por não reconhecer que o próprio país é capaz de
entregar eventos dessa magnitude", disse a presidente.
"Essa Copa demonstra não a capacidade do governo federal, não de um
ou de ouro, mas dos brasileiros, de assumir um evento extremamente
complexo em 12 cidades, num país continental. E o que nós vemos? Os voos
sem atrasos, os hotéis recebendo os turistas, nós vemos festas, nós
vemos a segurança –responsabilidade do governo federal e dos Estados–,
um controle tanto para seleções como para nossos visitantes
estrangeiros", disse também.
Segundo ela, seus aliados precisam "reafirmar fatos e números e
desmontar todas as mentiras e a desinformação afirmando a verdade".
"Quem soube fazer saberá fazer mais. Quem soube fazer saberá mudar
mais", afirmou.
Da mesma maneira que assumiu um discurso mais sereno do que de seus
correligionários na convenção que a aclamou pré-candidata do PT, no
último sábado, Dilma disse nesta terça-feira querer fazer uma campanha
"da paz", "mas cheia de vigor e de otimismo".
"Dois modelos estão em jogo: um prega a volta ao passado, prega a
volta ao arrocho salarial, ao desemprego, à concentração de renda e à
alienação do patrimônio público. O outro modelo, que nós defendemos
juntos, é o modelo que propõe a maior distribuição de renda, que propõe a
redução da desigualdade e que enfrenta uma conjuntura difícil
internacional, mas garante o essencial –emprego e salários–,
contrariamente ao que ocorre na Europa", afirmou.
Abaixo matéria da Agência Brasil:
Convenção Nacional do PROS apoia candidatura de Dilma à reeleição
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O Partido da República e Ordem Social (PROS) promoveu nesta
terça-feira (24) a primeira convenção nacional de sua história, e
confirmou adesão à coligação que vai apoiar a candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Os convencionais do partido
aprovaram, com ampla maioria de votos, a chapa da reeleição de Dilma, do
PT, com o vice-presidente Michel Temer, do PMDB.
O anúncio do apoio foi feito pelo presidente nacional do PROS,
Eurípedes Júnior. Em discurso representando a legenda, o ex-ministro
Ciro Gomes disse que o partido confia no nome da candidata. “Se alguma
mudança o país precisa, e precisa muita, com séculos de escravismo, de
burocracia, de elitismo. Nós queremos discutir um novo padrão de
segurança pública, novo padrão de saúde pública e um novo padrão de
educação para nossos filhos. E quem tem autoridade, coerência e moral
para chamar o país a uma nova geração de mudanças, chama-se Dilma
Rousseff”, declarou.
O PROS foi fundado em 2010 e registrado no Tribunal Superior
Eleitoral no dia 24 de setembro de 2013, antes do prazo legal (5 de
outubro) para a filiação de candidatos que desejassem concorrer às
eleições deste ano. No último sábado, o PT referendou o apoio à chapa
com o PMDB.
Agradecendo o apoio, Dilma Rousseff repetiu o slogan de seu partido,
dizendo que o PROS tem propostas para mais mudanças. Segundo ela, o
Brasil precisa de uma reforma política que só será viabilizada por meio
de participação popular. Essa reforma, na sua opinião, vai permitir
melhorias na democracia, no sistema eleitoral e nos partidos; “mas
também no sistema federativo”, continuou, “garantindo a ele maior
efetividade, porque muitos dos problemas na execução, que temos,
decorrem dessas dificuldades, temos de ser capazes de encará-los de
frente”.
Dilma também voltou a traçar dois caminhos que considera importantes
para o Brasil, que passam pela redução da desigualdade e pela educação
de qualidade. “Sem educação de qualidade, que forme técnicos,
cientistas, pesquisadores universitários com ensino superior, nosso país
não entra na economia e na sociedade do conhecimento. Isso é
fundamental para que possamos dar, não só salto social, mas salto na
produtividade neste país”, defendeu a presidenta.
Ao final, a presidenta disse que, junto com o PROS, vai continuar
“garantindo mais quatro anos de conquistas”, e vai poder “iniciar uma
nova etapa de modernização da sociedade e da economia”.