02 junho 2014

A calúnia da Istoé revela o bunker da corrupção midiática

Por Miguel do Rosário
A Istoé presta um serviço sujo aos interesses políticos do PSDB e tenta manchar, com uma matéria ridícula em todos os sentidos, a reputação da revista Forum, de seu editor, Renato Rovai, e do blogueiro Eduardo Guimarães.
É uma matéria covarde porque se insere na estratégia maquiavélica de tentar asfixiar financeiramente uma blogosfera que nunca viveu de verbas públicas (ao contrário da grande mídia), e sempre conviveu com enormes dificuldades financeiras.
E é ridícula porque tenta fazer seus leitores de trouxas. Ora, o “crime” da Fórum, segundo a Istoé, teria sido receber, honestamente, comercialmente, transparentemente, R$ 5 mil para veicular anúncio da prefeitura de Guarulhos.
Por causa de 5 mil reais! É muita cara de pau!
A matéria, contudo, tem um lado bom, que é revelar o pavor da mídia tradicional de perder espaço para veículos alternativos que, hoje, estão ficando muito fortes na internet. Em alguns casos, mais fortes até mesmo que ela, a mídia tradicional. O blog de Paulo Coelho na Globo costuma ter zero comentários. E olha que as chamadas do blog aparecem na primeira página do site! Paulo Coelho, um dos escritores que mais vende livros no mundo! De vez em quando eu entro no blog do Merval, só para ver quantas moscas andam zumbindo por lá. Geralmente, tem uns 2 ou 3 comentários, na maior parte das vezes fazendo troça do jornalista, com argumentos da nossa blogosfera! O blog da Miriam Leitão, a mesma coisa; tem meia dúzia de comentários, em geral associando seu pessimismo doentio ao interesse político da Globo.
A decadência da velha mídia é irreversível.
Por que o desespero? Porque a própria internet, ao forçar a transparência das contas públicas, revela a promiscuidade entre os órgãos do Estado responsáveis pela publicidade institucional e as velhas mídias.
Se você digitar o CNPJ da Istoé (43.525.419/0001-70) no google, vai descobrir inúmeros contratos de publicidade da revista com órgãos do Estado, de todas as instâncias. Muitos são de Furnas, por exemplo. Há também diversos contratos com o governo de São Paulo, do PSDB.
O que me chamou a atenção é que, em pleno 2013, a tabela de publicidade de Furnas vai na contramão de qualquer lógica de audiência e destina apenas 0,44% do total para internet. Já revistas impressas, que atualmente tem uma circulação infinitamente menor que a internet, abocanham 7% das verbas publicitárias da estatal.
Leia mais aqui: 
http://www.ocafezinho.com/2014/05/31/a-calunia-da-istoe-revela-o-bunker-da-corrupcao-midiatica/