Assessoria de imprensa do ex-presidente Lula
corrige frase atribuída a ele pelo jornal italiano 'La Repubblica', que
publicou que "o emprego é mais importante que a inflação", segundo o
petista; a declaração ao jornal, segundo a assessoria, foi a seguinte:
"Nossos críticos querem que tenha um pouco de desemprego para poder
melhorar a inflação. Eu não quero que tenha desemprego para melhorar a
inflação. Eu quero melhorar a inflação com pleno emprego"; ouça o áudio
247 – A assessoria de imprensa do ex-presidente
Lula corrigiu, no final da tarde desta segunda-feira 10, a frase
atribuída a ele pelo jornal italiano "La Repubblica". De acordo com a
publicação, Lula teria dito que "o emprego é mais importante que a
inflação". Leia abaixo nota divulgada pela assessoria de Lula:
Nota à imprensa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva não afirmou que "a defesa do emprego é mais importante que a
inflação", como foi atribuído a ele pelo jornal italiano La Repubblica. A
declaração do ex-presidente Lula ao jornal foi a seguinte:
"Nossos críticos querem que tenha um
pouco de desemprego para poder melhorar a inflação. Eu não quero que
tenha desemprego para melhorar a inflação. Eu quero melhorar a inflação
com pleno emprego."
Na entrevista, ele voltou a negar que pode voltar à disputa à
Presidência esse ano, mas deixou em aberto futuro político: “Depois, não
posso excluir nada, a política é imprevisível. Mas a natureza é
implacável, em 2018 estarei com 72 anos”.
Indagado sobre os protestos de rua, disse que são naturais e que,
como filho do movimento sindical, não poderia condená-los: "A ascensão
social funcionou. Agora os brasileiros querem mais, justamente. Essa é a
efervescência de nossa sociedade: a democracia não é um pacto de
silêncio, mas a busca por melhores condições."
Quanto à Copa, minimizou atrasos: "O único risco que corremos é de não vencermos no campo".
Sobre o cenário internacional, Lula reconheceu erro do presidente
venezuelano Nicolás Maduro em não dialogar com a oposição. Quanto ao
ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na AP 470 e
preso na Itália, disse que é preciso "respeitar a decisão da Justiça
italiana"; assim como defendeu decisão da Justiça brasileira no caso do
ativista Cesare Battisti.
Ouça abaixo trecho da entrevista: