Argentina se prepara para os 40 anos da morte de Che
Os argentinos recordarão, no dia 8, os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna. Para os parentes e amigos era "Ernestito". Para o resto do planeta é "El Che", o líder guerrilheiro mais famoso da história, ícone dos revolucionários românticos, o asmático médico que no meio da mata em Sierra Maestra lia Goethe e jogava xadrez entre um intervalo e outro de combate às tropas do ditador Fulgêncio Batista. Com eqüidistante ironia, o filósofo espanhol Fernando Savater o definiu como "um Rambo, mas em versão boa". Para os argentinos é um mito, embora toda sua carreira revolucionária tenha ocorrido fora de seu país natal. Apesar desse fator, continua dando o que falar. Há poucas semanas, o programa de TV O Gene Argentino - uma espécie de competição com votação dos telespectadores para escolher os "heróis" da história do país - mostrou de forma clara o fascínio por Che entre os argentinos. O guerrilheiro, na votação online, venceu Eva Perón com 60% dos votos. A líder dos "descamisados" ficou com 40%. Sociólogos e espectadores discutiram durante dias o polêmico resultado. "Ele nada fez pela Argentina", afirmava um lado, que recordava que toda a obra revolucionária de Che foi fora de seu país natal. "Mas ele fez pelo resto do mundo", retrucam os defensores do mito.Sua imagem - especialmente a emblemática foto realizada pelo fotógrafo cubano Alexandre Korda - também está presente nas camisetas dos estudantes e nas decoração dos shows de rock. Além disso, é ostensiva nas bandeiras das torcidas nos estádios argentinos. Os especialistas definem este marketing como o "marxeting", em alusão a Karl Marx, principalmente utilizada pela indústria da moda. Analistas também recordam que o sucesso de Che deve-se, em grande parte, à sua morte aos 35 anos, em plena juventude.
Os argentinos recordarão, no dia 8, os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna. Para os parentes e amigos era "Ernestito". Para o resto do planeta é "El Che", o líder guerrilheiro mais famoso da história, ícone dos revolucionários românticos, o asmático médico que no meio da mata em Sierra Maestra lia Goethe e jogava xadrez entre um intervalo e outro de combate às tropas do ditador Fulgêncio Batista. Com eqüidistante ironia, o filósofo espanhol Fernando Savater o definiu como "um Rambo, mas em versão boa". Para os argentinos é um mito, embora toda sua carreira revolucionária tenha ocorrido fora de seu país natal. Apesar desse fator, continua dando o que falar. Há poucas semanas, o programa de TV O Gene Argentino - uma espécie de competição com votação dos telespectadores para escolher os "heróis" da história do país - mostrou de forma clara o fascínio por Che entre os argentinos. O guerrilheiro, na votação online, venceu Eva Perón com 60% dos votos. A líder dos "descamisados" ficou com 40%. Sociólogos e espectadores discutiram durante dias o polêmico resultado. "Ele nada fez pela Argentina", afirmava um lado, que recordava que toda a obra revolucionária de Che foi fora de seu país natal. "Mas ele fez pelo resto do mundo", retrucam os defensores do mito.Sua imagem - especialmente a emblemática foto realizada pelo fotógrafo cubano Alexandre Korda - também está presente nas camisetas dos estudantes e nas decoração dos shows de rock. Além disso, é ostensiva nas bandeiras das torcidas nos estádios argentinos. Os especialistas definem este marketing como o "marxeting", em alusão a Karl Marx, principalmente utilizada pela indústria da moda. Analistas também recordam que o sucesso de Che deve-se, em grande parte, à sua morte aos 35 anos, em plena juventude.
Ag Estado