14 agosto 2007

BICO DO CORVO
FHC se reuniu com a cúpula do PSDB em BH para tratar de assuntos importantes. Ele concluiu que o partido se comunica mal com a população, atribuiu isso ao bico grande do tucano, e propôs uma mudança radical: trocar o bico do tucano pelo do sabiá. O bico do sabiá poderia cantar para a população as realizações tucanas, e assim eles conquistariam o apoio do povo para voltar à presidência. Eu sugiro trocar pelo bico do corvo, bem mais apropriado para crocitar as realizações tucanas. FHC criticou o partido e Alckmin na eleição de 2006, por não ter defendido as realizações do seu governo, principalmente as privatizações escusas. Concordo com FHC, acho que Alckmin na campanha eleitoral de 2006 deixou muito a desejar. Não falou das privatizações escusas, não falou o que foi feito com dinheiro das privatizações escusas, não falou do afundamento da P36, não falou dos juros estratosféricos, não falou do imenso desemprego, não falou do brutal aumento da carga tributária, de 28,9% para 35,8% do PIB. Alckmin não falou do apagão, não falou que a população pagou na conta de luz a incompetência do governo FHC. Alckmin nem tocou no assunto de o governo FHC ter deixado o governo com 54 milhões de brasileiros miseráveis, famintos e doentes. Alckmin também não falou que a média de crescimento da economia brasileira ao longo da década tucana foi a pior da história, em torno de 2,4%. Não falou da farra do PROER DOS BANCOS, o socorro aos bancos falidos que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3% do PIB. Alckmin poderia ter falado na explosão da divida pública interna e externa, de 153,4 bilhões em 1995 para 684,6 bilhões em 2001, ou 54,5% do PIB. Poderia ter falado da paixão doentia de FHC pelo FMI, não falou. FHC também disse que eles os tucanos são os melhores. Provaram ser os melhores para afundar o país, gerar desemprego, miséria, caos econômico e social. FHC deixou a população e o país no bico do corvo.
Jussara Seixas