05 agosto 2006

SUCESSO DE LULA
05/08/2006 - 10:46
Nome de meu segundo mandato será desenvolvimento, afirma Lula em jantar

Em discurso para uma platéia de empresários e profissionais liberais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite desta sexta-feira (4), que continuará investindo na redução das desigualdades, no crescimento econômico e na construção de um país mais justo, caso seja reeleito.

“O nome de meu possível segundo mandato será desenvolvimento, com distribuição de renda e educação de qualidade”, afirmou Lula, num dos momentos mais aplaudidos pela platéia. Cerca de 700 pessoas compareceram ao Jockey Club de São Paulo para o jantar com o presidente.

Participaram do evento lideranças dos setores da construção civil, transportes, têxtil, atacadista, financeiro e agronegócio, entre outras atividades, além de micro e pequenos empresários e profissionais liberais. Também estava presente o presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Francisco Coelho, e outras figuras de destaque do pensamento econômico, entre eles Luiz Gonzaga Belluzo e Luciano Coutinho.

Lula citou que serão ampliados os atuais investimentos em estradas, refinarias, gasodutos, hidrelétricas, portos e aeroportos. “São coisas que já estão acontecendo”, ressaltou, lembrando que o fortalecimento da infra-estrutura é fundamental para que o país cresça mais e com segurança.

“Vivemos o mais longo ciclo de crescimento em 19 anos. Há 35 meses a economia não sofre abalos”, destacou o presidente. Ele falou dos bons indicadores da produção, do emprego e dos salários obtidos em três anos e meio de mandato, e da combinação inédita de crescimento com distribuição de renda.

Lula salientou que seu eventual segundo governo continuará trabalhando para manter a estabilidade da economia. “Temos tudo para crescer mais rápido, mas não podemos descuidar. Temos de continuar fazendo determinados esforços”.

O presidente também ressaltou a importância do controle da inflação e fez comparações com a situação do país quando assumiu, em janeiro de 2003.

“O risco-país estava altíssimo e o crédito havia secado. Hoje, as reservas em dólares são maior do que a dívida externa pública”, disse. Também lembrou que, há três anos, os juros caíam no mundo e subiam no Brasil, enquanto hoje ocorre o contrário.

“Redobrarmos os esforços para melhorar o ambiente econômico”, disse. Depois, completou: “Chega de idas e vindas. Chega de crise a cada dois ou três anos”.

Entre os desafios de seu próximo governo, Lula destacou a melhoria da qualidade dos gastos públicos, a redução do déficit da Previdência e a ampliação das políticas de distribuição de renda. Disse que sua meta continuará sendo combinar superávit econômico com superávit social.

Lula afirmou ainda que, no próximo período, os juros continuarão caindo e que continuará lutando por mudanças na área tributária. Mas ressaltou: “A reforma tributária está no Congresso Nacional. Basta vontade política e entendimento (para votar)”.

Também disse que é preciso definir com clareza “os moldes e o espaço” da participação privada no setor de infra-estrutura, com marcos regulatórios, PPPs e concessões.

Mais adiante, destacou seu “compromisso profundo” com a reforma política. “A crise (que vivemos) é do sistema político em sua inteireza, não de algumas pessoas ou de alguns partidos”, avaliou.

O presidente citou a “revolução energética em andamento”, com o biodiesel e o H-Bio, e falou dos grandes projetos na área da Educação, como a criação de universidades, o ProUni e o Fundeb.

Segundo ele, estas e outras ações fazem parte de “um projeto de nação” de longo prazo, na construção de um país justo e moderno. “O mais importante é que temos um rumo e sabemos para onde vamos”, concluiu.