05 agosto 2006

A QUEDA LIVRE DE ALCKMIN.

Os tucanos, entenda-se PSD/PFL, estão ameaçados de pegar gripe aviária de tanto tomar banho de água fria. Cada pesquisa eleitoral é um banho de água fria no tucanato. A foto do Alckmin após a divulgação da pesquisa CNI/IBOPE, que mostra ele em queda livre -- e o que é pior, perdendo votos para a histérica Heloisa Helena --, era a mais pura expressão do derrotado. Alckmin tem a certeza que não vai chegar a lugar algum, muito menos à presidência do Brasil. Muitos perguntam por que o Alckmin não decola, afinal ele governou SP por 5 anos e o seu partido, o PSDB, esteve no poder em SP por 12 anos! Bem, esse é um dos motivo para Alckmin não decolar. O outro é que o presidente Lula é o melhor presidente que este país já teve. Alckmin acha que quando começar o horário eleitoral na TV ele vai subir nas pesquisas, vai aparecer na telinha, vai ficar conhecido. Ledo engano. Alckmin tem que lembrar de que ele está na telinha há 5 anos, e durante 5 anos ele apareceu em entrevistas, em reportagens, em debates: ele foi notícia por 5 anos. Por isso mesmo ele não decola nas pesquisas. Quem conhece as escolas estaduais de SP, seja aluno, mãe de aluno, professor, diretor, sabe que Alckmin liquidou com a educação em SP. Faltam professores, faltam carteiras, faltam vagas, os prédios das escolas estão em péssimo estado de conservação, os salários dos professores foi arrochado. Quem conhece os hospitais estaduais em SP, pacientes, médicos, enfermeiras, sabe que Alckmin sucateou a saúde em SP. Faltam leitos, faltam médicos, faltam enfermeiras, falta medicação, faltam equipamentos, equipamentos obsoletos estão em uso precário e equipamentos modernos estão parados, quebrados por falta de manutenção, pacientes são atendidos e permanecem internados em macas, nos corredores. O Hospital da Mulher, um esqueleto de prédio imenso na Av. Dr. Arnaldo, está com as obras parada há mais de 12 anos. Quando Alckmin assumiu o governo de SP prometeu que iria concluir o hospital e entregá-lo à população: não concluiu e não entregou. A segurança em SP é péssima, Alckmin fechou os olhos para o sistema prisional de SP. As prisões em SP estão superlotadas, onde só cabem 200 há 1.000 presos, e a mesma situação se repete na FEBEM. Há constantes rebeliões nas prisões e na FEBEM, por conta da superlotação, com mortes de presos e de agentes penitenciários. A situação dos presos nos presídios de SP é degradante. Alckmin sucateou as polícias em SP, diminuiu o contingente da PM, arrochou os salários, deixou de fornecer equipamentos de segurança para as polícias, como coletes à prova de balas; as armas estão obsoletas, falta até munição. Os pátios das polícias estão cheios de viaturas paradas, por falta de pneu, por estarem quebradas. Em algumas cidades do interior do estado de SP há apenas uma viatura, quebrada. Se não bastasse tudo isso, e por causa de tudo isso, Alckmin não conseguiu desbaratar o crime organizado, o PCC. No governo Alckmin o PCC cresceu e se fortaleceu. Fortaleceu-se a ponto de fazer exigências por regalias nas prisões: TVs, celulares, visitas fora de hora, exigência por não-transferências ou por transferências. O governo Alckmin, ao invés de impor a ordem, a disciplina, evitar que ocorressem ataques violentos contra a população de SP, e aceitar ajuda das forças federais, que foram insistentemente oferecida pelo governo Lula, preferiu fazer acordos com os bandidos. Alckmin deixou o estado de SP refém do crime organizado. Outro fator importante para Alckmin não decolar: ele é discípulo de FHC, do PSDB, que foi escorraçado pelo povo nas eleições de 2002, porque afundou o país. Tanto isso é verdade que FHC está proibido, pela cúpula do PSDB e pelos organizadores da campanha de Alckmin, de aparecer ao lado de Alckmin nos programas eleitorais e nos palanques. FHC não pode nem dizer aos jornais que está apoiando Alckmin. Alckmin não pode nem citar o governo de FHC como referência para o seu governo, mesmo sendo o seu programa de governo idêntico ao de FHC. Isso é fatal para acelerar ainda mais a queda de Alckmin nas pesquisas. Para aqueles que perguntam porque Alckmin não decola: deu para entender ou vou ter que desenhar?
Jussara Seixas